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May afirma que sua saída do governo não tornaria Brexit mais fácil

A primeira-ministra britânica Theresa May afirmou neste domingo que uma mudança na liderança não tornaria as negociações do Brexit mais fáceis. Opositores no seu próprio Partido Conservador ameaçam retirá-la do posto.

Enquanto dissidências conservadoras tentam reunir apoiadores suficientes para obter um voto de não-confiança, May insiste que não considera renunciar.

"Uma mudança de liderança neste momento não vai tornar as negociações mais fáceis e não vai mudar a matemática do Parlamento", disse May numa entrevista à Sky News.

A primeira-ministra acrescentou que os próximos sete dias "vão ser críticos" para o sucesso das conversas do Brexit. Ela viajará a Bruxelas para se encontrar com líderes da União Europeia antes do encontro emergencial do Conselho Europeu no dia 25 de novembro.

Anúncio feito esta semana da conclusão do projeto de acordo de saúda da União Europeia disparou uma crise política no Reino Unido, com o texto sendo criticado tanto pela oposição como por grande parte do próprio partido de May.

Questionada sobre os ataques dirigidos a ela, May afirmou: "Isso não me distrai. Política é um negócio duro e eu estou nele há muito tempo".

Muitos conservadores pró-Brexit querem um rompimento claro com a União Europeia e argumentam que os laços comerciais próximos do Reino Unido com o bloco exigidos no acordo deixariam o país como um estado vassalo, sem possibilidade de se desvencilhar.

O acordo preliminar prevê que a saída da União Europeia ocorra em 29 de março, mas a permanência no mercado único sob as regras do bloco ocorrerá até dezembro de 2020. Também compromete os dois lados com a solução contenciosa "backstop", que

manteria o Reino Unido num acordo alfandegário com a UE como garantia de que

a fronteira irlandesa permanece livre de pontos de controle alfandegários.

Fonte: Associated Press.

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