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Covid-19: diante do aumento de casos, governo do ES vai reativar 60 leitos de isolamento até o dia 15

Secretário de Saúde destacou que, desde o último dia 14, houve um aumento na ocupação dos leitos de enfermaria, destinados para casos leves da doença

Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai reativar 60 leitos de isolamento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria para tratamento da covid-19 no Espírito Santo. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (4) pelo secretário de estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante um pronunciamento.

Segundo o secretário, a expectativa é de que esses leitos sejam disponibilizados até o próximo dia 15. Nésio Fernandes destacou que, desde o dia 14 de outubro, houve um aumento na ocupação dos leitos de enfermaria, destinados para casos leves de covid-19. Além disso, de acordo com o secretário, a coexistência de outras doenças, seja de natureza infecciosa, crônica ou provocadas por fatores externos, também preocupam.

"Anteriormente nós dizíamos que o Brasil vivia uma realidade epidemiológica com uma tripla carga de doenças. Neste momento, nós reconhecemos que há uma quádrupla carga de doenças se coexistindo e pressionando as redes assistenciais", destacou Nésio Fernandes.

Atualmente, a rede pública de saúde do Espírito Santo conta com 151 leitos de isolamento para casos suspeitos ou confirmados de covid-19 nas UTI's, cerca de 100 a menos do que chegou a ter. Segundo o secretário, após essa desmobilização, será necessário reajustar a oferta.

"Nós tivemos, neste feriadão, um comportamento de aumento de necessidade de leitos de isolamento para atender pacientes suspeitos de covid. Nós, então, reavaliamos o conjunto do comportamento da pandemia no nosso estado e identificamos que, para poder manter a retomada e a reversão dos serviços próprios para atender outras doenças, nós necessitaríamos de fazer um ajuste na oferta de leitos de isolamento no Estado do Espírito Santo, para atender pacientes suspeitos de covid-19", disse.

O secretário de saúde afirmou ainda que o governo não pretende suspender consultas médicas da rede básica de saúde ou consultas com especialistas, como fez no começo da pandemia. Além disso, não deve desmobilizar leitos novamente.

"Pretendemos seguir caminhando na reversão de leitos da rede própria para atender em outras condições, porque entendemos que não há condições para poder voltar a ter um grau de desmobilização da rede, como foi organizado durante a primeira onda da pandemia da covid-19", frisou Nésio Fernandes.

Campanhas eleitorais

As campanhas eleitorais também preocupam o secretário de saúde. Durante o pronunciamento, ele informou que, a partir desta quarta-feira, estão proibidas atividades de candidatos que podem provocar aglomerações. Disse ainda que haverá fiscalização.

"Nós não queremos deixar dúvidas e queremos alertar a toda a sociedade que o comportamento social, principalmente em organizações sociais ou políticas que levem a aglomeração de pessoas, coloca a população em risco".

Vacina

Ainda de acordo com secretário, a população ainda terá de enfrentar o novo coronavírus por um longo tempo: cerca de 6 a 8 meses, aproximadamente. "Entendemos que, ao longo do próximo ano, nós teremos passos importantes com a vacinação, mas que esse processo não será tão precoce como gerou-se a expectativa em outros momentos. Entendemos que, de fato, a expectativa de imunização da população brasileira deverá se manter para o segundo trimestre do próximo ano e somente para o segundo semestre do próximo ano teremos grande parte da população vacinada", destacou.

Enquanto não houver vacina, Nésio Fernandes recomenda que a população continue tomando os cuidados necessários para conter o avanço da covid-19. "Reforço o pedido de que a população precisa incorporar a disciplina do uso de máscaras, do lavar das mãos, da etiqueta respiratória. Diante de qualquer sintoma respiratório, procure um serviço de saúde, faça testes com o PCR em tempo real para identificar se você está na fase aguda do desenvolvimento da doença. Se der positivo, investigar os familiares é importante para romper a cadeia de transmissão", orientou.

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