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No 2º dia de greve dos rodoviários, população reclama de atrasos e superlotação em ônibus na GV

A determinação da Justiça é de que 70% dos coletivos operem durante os horários de pico (entre as 6h e 9h e das 17h às 20h) e 50% nos demais horários

Os coletivos estão ficando lotados

No segundo dia da greve dos rodoviários, que teve início na madrugada da última terça-feira (26) e que será mantida nesta quarta-feira (27), passageiros reclamam que os motoristas estão passando direto pelos pontos de ônibus e que os coletivos estão demorando a passar, e quando chegam, estão lotados. Enquanto o impasse entre os rodoviários e o sindicato patronal persiste, a população continua no aperto.

Em entrevista ao jornal online Folha Vitória na manhã de terça-feira, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Edson Bastos, afirmou que a greve está controlada, ocorrendo dentro da normalidade, conforme previsto na ação judicial. 

O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) disse que vai entrar com o pedido de ilegalidade da greve nesta quarta-feira (27). Por meio de nota divulgada nesta terça-feira (26), o GVBus disse que apesar da determinação da Justiça de que 70% dos ônibus circulem nos horários de pico e 50% nos demais horários (entre picos) durante a greve, no início da manhã desta terça-feira, em todas as garagens do Sistema Transcol, representantes do Sindirodoviários dificultaram a saída do quantitativo legal da frota, determinando que a operação começasse apenas às 5h, quando na verdade o trabalho habitual de saída de ônibus inicia-se entre 3h e 4h30.

O GVBus disse ainda que todas as ações foram registradas e documentadas pelas empresas, inclusive com boletins de ocorrência. "Em uma das garagens, por exemplo, a polícia precisou ser acionada e uma viatura foi encaminhada ao local para liberar o portão. Vale destacar que impedir ou bloquear a saída dos coletivos são atos que descumprem a liminar do desembargador do TRT-ES José Luiz Serafini. Devido a isso, o GVBus irá ingressar com um pedido junto ao tribunal pela ilegalidade da greve por descumprimento de decisão judicial", afirmou a nota.

O texto disse ainda que "mais uma vez, fica clara a posição irresponsável dos dirigentes do sindicato, que demonstram insensibilidade com a população, que volta de um feriado para trabalhar. A Ceturb-GV elaborou um plano de operação mínima de frota para readaptação dos horários de acordo com o número de veículos estipulado pela liminar, com o objetivo de operar em todos os bairros e terminais, e assim, atender o maior número de usuários possível. Porém, essa programação não está sendo cumprida pelo Sindirodoviários".

Eles destacaram ainda: "Mais uma vez lamentamos a posição intransigente do sindicato dos trabalhadores, que está ciente da atual situação do setor de transportes coletivos urbanos, mas insiste em requerer um ganho real absurdo, acima da inflação. Posição contrária à de outras categorias, tanto estaduais, a exemplo da Fecomércio, que acertou aumento de 2%, quanto nacionais, como os rodoviários da região Metropolitana de Belo Horizonte, que também aceitaram o mesmo percentual. Reiteramos que as empresas da Grande Vitória não têm condições de arcar com qualquer reajuste além de 1,83%, índice de inflação com base no INPC. Por fim, não vemos mais necessidade de realização de uma greve, uma vez que o processo de decisão a respeito do ajuste já está nas mãos do Tribunal Regional do Trabalho, que irá julgar o discídio coletivo".

Já o presidente do Sindirodoviários, Edson Bastos, afirmou ainda que o sindicato deve entrar com uma ação contra a GVBus a respeito das alegações do descumprimento da determinação da Justiça. Edson disse ainda que a greve seguirá por tempo indeterminado até a classe patronal aceitar um acordo.

A determinação da Justiça é de que 70% dos coletivos operem durante os horários de pico (entre as 6h e 9h e das 17h às 20h) e 50% nos demais horários.

A movimentação no Terminal de Vila Velha estava tranquila no início da manhã

Audiência

Durante audiência de conciliação, que aconteceu na tarde da última terça-feira (19), no TRT-ES, o Sindirodoviários se comprometeu a só deflagrar a greve a partir da 0 hora do dia 26. A princípio, os rodoviários pretendiam iniciar a paralisação no dia 19, mas decidiram acatar a decisão da Justiça, que determinou que, entre os dias 19 e 26 de dezembro, 100% da frota deveria estar em circulação.

Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) disse que após várias tentativas de acordo sem sucesso com o Sindirodoviários, inclusive com a mediação do Ministério Público e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), agora caberá ao tribunal julgar a situação.

Sore o reajuste, a GVBus afirma que "as empresas da Grande Vitória não têm condições de arcar com qualquer reajuste além de 1,83%, índice de inflação com base no INPC". Por conta disso, a Companhia reitera que 'não há mais necessidade de realização de uma greve, uma vez que o processo de decisão a respeito do ajuste já está nas mãos do Tribunal Regional do Trabalho, que irá julgar o discídio coletivo".

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