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Sesa informa fim do surto de malária em Vila Pavão e Barra de São Francisco

O surto durou de julho a setembro de 2018 e atingiu a zona rural. O último caso foi registrado no dia 20 de setembro

Foto: Getty Images

Há mais de dois meses não são registrados casos de malária pelo plasmodium falciparum em Vila Pavão e em Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo. Dessa forma, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) considera encerrado o surto da doença nesses dois municípios. 

O médico Adenilton Cruzeiro, referência técnica em malária da Sesa, explica que, depois de transcorridos 60 dias sem registro de casos autóctones, ou seja, de casos transmitidos dentro do território, considera-se então que o surto chegou ao fim. Apesar disso, a orientação para os serviços locais é de que eles permaneçam atentos. “Dentro de um período de três anos a doença pode reaparecer em pessoas já tratadas e voltar a ser transmitida caso essa pessoa seja picada pelo mosquito Anopheles e o inseto, por sua vez, picar outros indivíduos”, esclarece.

O plasmodium falciparum causa uma forma grave de malária. Durante o surto em Vila Pavão e Barra de São Francisco, foram registrados aproximadamente 2.300 casos suspeitos da doença. Desses, 142 casos e um óbito foram confirmados; quatro ainda estão em investigação.

Assim que a ocorrência de malária pelo plasmodium falciparum na região foi reportada à Secretaria de Estado da Saúde, a Sesa montou uma base de trabalho em Vila Pavão e abriu abertas várias frentes de trabalho em parceria com os dois municípios afetados. Foi feita busca ativa de pessoas com sintomas de malária em Vila Pavão e em territórios do entorno; capacitação das equipes do município para realização de bloqueio com borrifação de inseticida casa a casa e na área perifocal; captura de mosquitos para verificar que espécie do parasita causador da malária estava em circulação no local; análise laboratorial para diagnóstico da doença; tratamento dos pacientes com diagnóstico positivo para malária; monitoramento e investigação dos casos para avaliar a forma como a doença estava se desencadeando na região.

A Secretaria de Estado da Saúde também treinou profissionais de hospitais da região, levou medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde e testes rápidos para serem feitos em moradores. Foram enviadas também bombas costais para reforçar a aplicação de inseticida nas casas.

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