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Pesquisa mostra que 40% dos brasileiros não sabem o próprio tipo sanguíneo

O desconhecimento é maior entre os jovens; apenas 8% doaram sangue no último ano


Cerca de 40% dos brasileiros desconhecem o próprio tipo sanguíneo, diz pesquisa encomendada pelo Movimento Eu Dou Sangue — que incentiva a população a doar sangue frequentemente — em parceria com o Instituto Datafolha.

O estudo ouviu 2.771 entrevistados em todo o País e revela que o desconhecimento é maior entre os jovens: na faixa dos 16 aos 24 anos de idade, 52% das pessoas disseram não saber qual o próprio tipo sanguíneo.

De todas as mulheres brasileiras ouvidas, 35% desconhecem a informação. Entre os homens, o índice chega a 44%.

Quando o assunto é escolaridade, metade da população que diz ter concluído o ensino fundamental não sabe do próprio tipo sanguíneo. Entre aqueles que possuem ensino superior, o total é de 20%.

Outro dado curioso é que, entre os brasileiros que sabem o próprio tipo sanguíneo, 30% afirmaram ser do grupo O — justamente o mais escasso nos hemocentros, por causa da alta demanda. Em seguida, vêm os tipos A (21%), B (7%) e AB (3%).

Doação de sangue ainda não é frequente entre brasileiros

O levantamento, denominado “Hábito de doação entre os brasileiros”, mostrou ainda que apenas 8% dos entrevistados declararam ter doado sangue nos últimos 12 meses. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de junho em 194 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos. De acordo com Debi Aronis, uma das fundadoras do Movimento Eu Dou Sangue, os resultados comprovam que a consciência sobre a importância da doação de sangue ainda é incipiente no Brasil.

— É importante ressaltar ainda que o trabalho do Datafolha mostra que 40% das pessoas admitem não saber o próprio tipo sanguíneo. O número deve ser bem maior, já que vários indivíduos devem ser sentir constrangidos em afirmar que desconhecem a informação. O foco dessa pesquisa foi comprovar que a cultura da doação de sangue está muito longe de ser concretizada aqui no Brasil, não só pelo fato de que poucas pessoas doam, mas também porque poucas sabem o próprio tipo sanguíneo.

O que falta para o Brasil doar mais sangue?

Mauro Paulino, diretor do Datafolha, reafirma a importância do brasileiro saber o próprio tipo sanguíneo para criar uma cultura da doação no País.

— O brasileiro não tem o hábito da doação de sangue e apenas entende a grandiosidade desse ato quando passa por dificuldades.
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