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"Está muito magro e desnutrido", diz mãe de ‘menino do Acre’

A empresária Denise Borges, mãe do estudante de psicologia, disse que o filho não quis contar onde esteve durante os quase cinco meses em que passou desaparecido

Apesar de ter voltado para casa, o mistério sobre o que aconteceu com Bruno Borges, o “menino do Acre”, ainda não acabou. A empresária Denise Borges, mãe do estudante de psicologia, disse que o filho não quis contar onde esteve durante os quase cinco meses em que passou desaparecido e sem dar notícias à família.

A mãe do rapaz de 25 anos contou ainda que está explicando aos poucos ao filho tudo o que aconteceu enquanto ele esteve afastado. Também disse que a aparência de Bruno mudou um pouco.

— Está muito magro e desnutrido. Ele não sabe de nada do que estava acontecendo. E não podemos mostrar tudo de uma vez.

Uma das especulações sobre o desaparecimento do rapaz seria de que ele buscava uma forma de se expor na mídia e divulgar seus livros. Denise, no entanto, falou que a postura de Bruno tem sido outra.

— Ele continua a dizer que não quer saber de mídia, e a única coisa que gostaria é que seus conhecimentos e suas vivências fossem lido por todos.

De volta à casa dos pais, a mãe do estudante de psicologia disse que “ele tem lido muito a Bíblia e está mais próximo ainda de Deus”.

Bruno também leu o primeiro livro que ele mesmo escreveu. A publicação está entre os mais vendidos do país na categoria "não ficção". Apesar disso, a opinião do jovem sobre a obra pode ser controversa.

— Ele disse estar muito errado.

O “menino do Acre” desapareceu em 27 de março. Ele morava com os pais e a irmã em Rio Branco. Após o sumiço, familiares do rapaz encontraram as paredes do quarto todas pintadas e com escrituras, além de 14 livros escritos à mão e criptografados e uma estátua em tamanho real do filósofo Giordano Bruno avaliada em R$ 7 mil.

O fato despertou grande curiosidade no País, além de ter provocado uma série de teorias sobre o sumiço nas redes sociais.

No quarto de Bruno também havia pistas para decifrar os códigos dos livros. Uma das inspirações era o Manual do Escoteiro Mirim, da Disney. Um dos textos chamava Caminho Difícil.

Cerca de dois meses depois do desaparecimento, a Polícia Civil do Acre disse ter encontrado "fortes indícios" de que o episódio era, na verdade, uma forma de divulgar os livros escritos por ele. Na ocasião, o delegado Alcino Júnior, chefe do Departamento de Inteligência, disse que "havia uma combinação para a publicação das obras". O amigo do estudante chegou a ser detido por falso testemunho.

As informações são do Portal R7.

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