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Ex-chefe de espionagem do Reino Unido defende que crianças usem celulares pela segurança do país

País tem a segunda maior carência de mão de obra de segurança cibernética do mundo

Os pais que acreditam agir com responsabilidade por limitar o tempo que seus filhos passam na internet deveriam repensar: eles podem estar colocando a segurança de seus filhos e do Reino Unido em desvantagem, de acordo com um ex-chefe de espionagem do país.

"Se você parece estar fracassando na tentativa de afastar seus filhos do wifi ou de seus aparelhos digitais nas férias, não se desespere", escreveu Robert Hannigan, ex-diretor do Quartel-General de Comunicação do Governo (GCHQ, na sigla em inglês), no jornal britânico The Telegraph.

Hannigan, que deixou o GCHQ no início deste ano, disse que muitas vezes os pais têm medo do mundo virtual por não entendê-lo como seus filhos.

"Precisamos de pessoas jovens para explorar este mundo digital assim como exploram o mundo físico", disse, acrescentando que o Reino Unido está "desesperadamente carente" de habilidades cibernéticas.

— O nível básico de conhecimento é muito baixo e muitas vezes atrás de nossos competidores.

O Parlamento britânico e o Serviço Nacional de Saúde foram alvos de invasões cibernéticas nos últimos meses, e parlamentares, assessores e hospitais ficaram sem acesso aos seus sistemas de computadores, repletos de informações sigilosas.

Em uma reportagem publicada em janeiro, o site de empregos Indeed disse que o Reino Unido tem a segunda maior carência de mão de obra de segurança cibernética do mundo e que o interesse nestes empregos representa menos de um terço da demanda dos empregadores.

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