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Punição a alunos de medicina foi justa e educativa, avalia presidente do CRM

De acordo com Carlos Magno Dalapicola, o Conselho Federal de Medicina deve publicar até o final deste ano um código de ética para estudantes de medicina

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) no Espírito Santo, Carlos Magno Dalapicola, disse que o conselho avalia como justa a decisão da Universidade de Vila Velha em punir os estudantes de medicina com a realização de trabalhos sociais. Em abril deste ano, os sete alunos publicaram um foto polêmica nas redes sociais

"Dois dias após o caso, nós estivemos na Universidade e conversamos com os alunos. É bom que o processo administrativo e tenha chegado a um final. Não avaliamos a decisão da instituição nem como branda demais e nem como exagerada, mas justa. De certa forma, o caso servirá de aprendizado, não só para eles, mas para que a situação não ocorra novamente com outros estudantes", avalia o presidente. 

Para o presidente, a conduta dos estudantes foi considerada reprovável por por toda a sociedade. "Foi uma atitude quem não condiz com a responsabilidade da profissão e que também prejudicou a imagem da Universidade, que é uma instituição séria de ensino. Mas além disso, gerou constrangimento e revolta na sociedade", afirmou. 

Ainda de acordo com Dalapicola, o Conselho Federal de Medicina deve publicar até o final deste ano um código de ética para estudantes de medicina. "É um publicação realizada em parceria com os conselhos regionais e que vai ser com um orientador ético para o estudante sobre como se comportar no curso, com a família, amigos, colegas e com a sociedade. É uma boa iniciativa, uma vez que como ainda não são profissionais, o CRM não pode agir em casos como este que ocorreu na estado", comentou. 

Nesta quarta-feira (06), por meio de nota, a UVV informou que “durante a Sindicância os alunos envolvidos reconheceram que seu comportamento foi inadequado, formularam um pedido de desculpas à toda a comunidade acadêmica, que consta nos autos do processo". Por conta disso, a comissão de sindicância fez a proposta à reitoria que eles executassem ações construtivas para a sociedade para compensar o comportamento.

De acordo com a universidade, os sete alunos terão que se comprometer a realizar trabalhos de responsabilidade social com a supervisão da coordenação do curso em prol de causas da mulher e de gênero. 

A foto

O caso aconteceu em abril deste ano. A imagem mostrava sete rapazes trajados com jalecos da instituição capixaba e até um estetoscópio no pescoço. Porém, o grupo aparece com as calças abaixadas e fazendo um gesto com as mãos típico de uma simulação de uma genitália feminina. A ação dos futuros médicos causou indignação de vários internautas em uma popular comunidade no Facebook.

A foto foi publicada pelos próprios alunos envolvidos no Instagram com a hashtag #pintosnervosos. Diversos comentários davam conta de que a imagem seria usada para fazer o convite de formatura dos estudantes. Após a repercussão negativa, em carta aberta nas redes sociais, eles divulgaram um pedido de desculpas.

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