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Empreendedorismo: geração em geração

O empreendedorismo é visto como solução e oportunidade para ingressar no mercado de trabalho

Marcela Cota

Redação Folha Vitória

O talento em inovar e empreender pode ser passado de geração em geração. Há teorias de que isso acontece pela busca da independência e o emprego formal deixa de ser um projeto de vida dessa nova geração. Com as dificuldades no mercado, os jovens enxergam o empreendedorismo como uma opção de carreira profissional.

O estudo Jovens Empresários Empreendedores, divulgado pela Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro -FIRJAN- apontou que se tornar empreendedor nos próximos anos está nos planejamentos de dois em cada três jovens brasileiros. Entre as motivações estão, realizações de um sonho (76,4%), qualidade de vida (75,6%), altos ganhos financeiros (70%), interesse em um mercado promissor (66,1%) e não ter um chefe (64,5%).

Para o economista Mário Vasconcelos, é muito importante a carreira desses jovens no empreendedorismo que estão cada vez mais antenados. Ele conta que os jovens devem colecionar experiências, com coragem e criatividade e gerar lucros, empregos e renda.‘’Quando alguém começa um negócio, na pior das hipóteses está gerando emprego e esse jovens estão inovando e de olho nas novas característica de mercado’’, explica.

Mário Vasconcelos acredita que o empreendedorismo jovem está se tornando uma tendência. ‘’Há um tempo os jovens sonhavam em fazer uma faculdade, ser um funcionário público, mas com as mudanças trabalhistas, reforma na previdência, os jovens estão mudando de ideia’’, ressalta. Além disso, o economista explica que muitos estudos apontam o aumento no PIB brasileiro. Isso deve acontecer nos próximos anos pelo fortalecimento dos incentivos às empresas, microempresas e empreendimentos de pequeno porte.

Empreendedorismo de família

Kelmer Henrique Silva, 41 anos, empresário, conta que o primeiro contato com o empreendedorismo foi aos 12 anos quando resolveu idealizar a vontade de obter lucros. O empresário explica que incentiva os filhos a entenderem o empreendedorismo para eles terem vontade de conquistar o mercado. ‘’Só assim eles podem ver de perto o trabalho, ter vontade de conquistar e conseguir bons resultados'', afirma.

O gestor considera importante o empreendedorismo ou o primeiro contato em um trabalho informal nesse momento capitalista. ‘’ Se todas as pessoas entendessem o valor das mínimas coisas, poderíamos estar em um país melhor e evoluir por meio da conquista, pois o empreendedor é um conquistador e idealizador de sonhos’’, finaliza.

Kelmer já passa os ensinamentos da experiência para os filhos. Estella Nice, 19, e Cecília Rute, 17, possuem uma loja no instagram com peças do vestuário feminino. Para as estudantes a importância é no amadurecimento, crescimento e para a consciência dos fatores econômicos. ‘’Meu pai tem uma história de vida que incentiva as pessoas a procurarem o amadurecimento e independência, e no caso dele não incentivou só a mim, mas também a meus irmãos’’, completa Estella.

Kelmer Henrique Filho, estudante, 12, é filho do gestor e já gosta de ter um trabalho informal. Nas férias, o estudante aproveita o tempo livre para vender picolé em casa para os amigos do condomínio. Ele conta que o pai foi o principal incentivador. Dessa forma, seguindo os passos do pai teve a ideia de começar um trabalho informal. ‘’Eu vejo ele trabalhando e como administra a empresa e tento ganhar dinheiro como meu pai faz’’, ressalta.

Para o estudante é importante começar a se envolver no empreendedorismo cedo, pois além de, poder juntar dinheiro e comandar o próprio negócio, não precisa pedir dinheiro para os pais sempre ‘’Com o meu trabalho informal posso administrar meu próprio dinheiro, já vou economizando e não preciso depender dos outros sempre para comprar algo’’ completa.

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