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Tecnologia 100% capixaba resistente à seca será lançada nesta sexta-feira no ES

Por causa da estiagem, a produção de café Conilon no Estado caiu

Serão lançadas na próxima sexta-feira (17), duas tecnologias desenvolvidas no Espírito Santo, para ajudar os cafeicultores a enfrentar a seca.

A Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com a Prefeitura Municipal de Marilândia e diversas instituições, está preparando o lançamento de duas novas tecnologias em café Conilon. Tratam-se da ‘Marilândia ES8143’, a nova cultivar clonal de café conilon tolerante à seca para o Espírito Santo; e do Jardim Clonal Superadensado de Café Conilon, uma nova técnica para a multiplicação rápida de cultivares clonais melhoradas.

As tecnologias são lançadas num momento bastante oportuno. O Espírito Santo ainda vive os reflexos da longa estiagem, e uma alternativa para reduzir os danos causados pela falta d’água é o desenvolvimento de plantas tolerantes ao estresse hídrico ou mais eficientes no uso da água. O sucesso na utilização de uma cultivar clonal melhorada está estreitamente associado à produção de mudas de qualidade e, para disponibilizá-las aos cafeicultores capixabas, o Incaper desenvolveu uma técnica que permite a multiplicação rápida das cultivares melhoradas.

“O Estado é referência brasileira e mundial no desenvolvimento da cafeicultura do conilon e as novas tecnologias que serão lançadas marcam uma nova era para esse setor. O Incaper e o Governo do Estado estão disponibilizando variedades que possam minimizar o impacto negativo que a crise hídrica trouxe para a sociedade capixaba. Uma tecnologia traz desenvolvimento, fazendo com que o produtor rural aposte num material genético mais tolerante à seca, visando garantir a produção rural. A outra, maximiza os lucros dos viveiristas e produtores rurais na implantação de jardins clonais para multiplicar material genético de qualidade. Esse avanço tecnológico mostra que o Incaper continua trabalhando para melhorar as condições de vida do homem no campo”, ressaltou o diretor-técnico do Incaper, Mauro Rossoni Junior.

O lançamento está marcado para a próxima sexta-feira (17), na Fazenda Experimental do Incaper em Marilândia. O município, aliás, tornou-se a capital estadual da pesquisa em café conilon, graças aos estudos desenvolvidos pelo Incaper no município.

“Estas tecnologias são o coroamento de um trabalho contínuo de pesquisa, que existe há mais de 30 anos, e representam o esforço de toda uma equipe. Contamos com a contribuição de todos os colegas do Incaper, cumprindo muito bem o papel de servidor público. As tecnologias se encaixam no atual momento pois ajudam a minimizar um efeito desastroso: a seca causou a perda de mais de 50% da produção do Estado. Elas são a maior resposta que a pesquisa do Incaper poderia dar: oferecer mais segurança e promover mais sustentabilidade à principal atividade agrícola do Espírito Santo”, disse Romário Gava Ferrão, pesquisador do Incaper e coordenador do programa estadual de cafeicultura.

Antes do lançamento, as duas tecnologias foram apresentadas aos extensionistas e pesquisadores do Incaper, possibilitando que todos tivesses um conhecimento prévio a respeito de cada uma delas e, assim, possam fazer os trabalhos de extensão o quanto antes nas 40 mil propriedades agrícolas de conilon do ES. 

Conheça algumas das principais características de cada uma das novas tecnologias que serão lançadas pelo Incaper:

Foto: Juliana Esteves/ Incaper

‘Marilândia ES8143’

- Cultivar tolerante à seca formada por 12 clones.

- Qualidade superior de bebida.

- Alto vigor vegetativo.

- Moderada resistência à ferrugem

- Baixo índice de desfolhamento em condições de déficit hídrico

- Maturação uniforme dos frutos

Jardim Clonal Superadensado de Café Conilon

- Produção de grande número de estacas em área reduzida

- redução do tempo para a produção das estacas (antecipando em mais de um ano a disponibilização das estacas aos cafeicultores)

- Estabilização da produção de estacas

- Aumento da produção de estacas em menos espaço de tempo

- Maior uniformidade das hastes

- Facilita manejo e tratos culturais, o que reduz o custo de manutenção do jardim clonal.

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