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Puxar cabelo, beijar à força e pegar no braço, não! Veja como identificar um assédio no Carnaval

A Prefeitura de Vitória criou a campanha 'Não é Não', contra assédio no Carnaval

Thaiz Blunck

Redação Folha Vitória

Carnaval é tempo de diversão e alegria, mas também pede muita atenção dos foliões. Quem gosta de 'colocar o bloco na rua' e não abre mão de aproveitar a folia, pode se deparar com situações nada agradáveis, que podem acabar com a festa de imediato.

Quem é da turma dos solteiros, acaba aproveitando a oportunidade para dar aquela paquerada e, quem sabe, chegar na Quarta-Feira de Cinzas com um novo romance. No entanto, essa tentativa de encontrar um 'crush' tem algumas regras para não acabar virando assédio.

Para evitar isso, a Prefeitura de Vitória criou a campanha "Não é não", para conscientizar os foliões e pedir que tenham mais respeito com as mulheres. Segundo a secretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Nara Borgo, a campanha foi lançada na última semana e ganhou muita repercussão nas redes sociais.

"A campanha foi lançada na semana passada. Como o carnaval de Vitória começa antes, a gente já queria alcançar esse público. É uma campanha educativa, de conscientização, e estamos pedindo que os foliões tenham mais respeito em relação ao corpo da mulher, aos direitos da mulher. As peças da campanha foram divulgadas nas redes sociais e tiveram muita repercussão", explica.

Puxar cabelo, pegar no braço ou tentar beijo à força são atitudes comuns em lugares cheios, como bloquinhos, principalmente quando envolve álcool. No entanto, essas e várias outras atitudes caracterizam assédio.

"O mote da campanha é Não é Não. É entender que se o folião chega a uma mulher, pega no braço, puxa o cabelo, tenta um beijo a força, isso é assédio. Se a mulher não quer o contato, o homem não pode forçar. Muitos têm uma ideia de que a mulher que vai para o Carnaval pode ser agarrada, mas isso é mentira. A mulher está no bloquinho fantasiada, mas isso não significa que a gente quer algum. Elas tem a liberdade e o direito de curtir o Carnaval como qualquer outra pessoa", conta.

Onde denunciar
As mulheres que se sentirem violadas em seus direitos podem fazer as denúncias pelo telefone 180 ou procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas.

Além disso, a Semcid disponibiliza o Centro de Atendimento de Referência à Mulher em Situação de Violência (Cramsv). O atendimento funciona de segunda e sexta-feira, das 12 às 19 horas, no Centro Integrado de Cidadania (CIC) Zumbi dos Palmares, mais conhecido como Casa do Cidadão, em Itararé.

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