Grafitusa: automação e qualificação da equipe para chegar mais longe

A história da Grafitusa é de vanguarda e inovação. Fundada há 100 anos, a empresa foi pioneira no uso de máquinas offset no Brasil. Também foi a primeira do Espírito Santo a entrar no mercado digital, a adquirir uma impressora frente x verso e a conquistar o selo de certificação FSC, que garante que os produtos oferecidos são ambientalmente corretos.

O diretor industrial da Grafitusa, Romulo Samorini, recebeu o 10º troféu de Marcas Ícones.

Agora, e muito por conta do momento desafiador atual, a empresa projeta o seu futuro. Para isso, está com forte momento de capacitação de equipe com preparação mais técnica, iniciou investimentos, está passando por revisão profunda de processos. “Remodelamos qual mercado podemos atingir e de que forma. Enxugamos bastante para poder crescer novamente. E para crescer novamente, a automação e equipe qualificada será indispensável neste mercado que já é nossa realidade atual”, sintetiza a diretora comercial da Grafitusa, Cristhine Samorini.

 

Este é o 10º ano de Marcas Ícones, e a Grafitusa venceu todas as edições do prêmio na categoria Gráfica. O que essa lembrança representa para a empresa?

CS: É sempre muito gratificante receber um reconhecimento, ainda mais quando ele tem sido alcançado de forma ininterrupta por 10 anos consecutivos. Estes 10 anos representam mudanças consideráveis no mercado gráfico, mas temos conseguido nos manter na memória da sociedade.

 

O que faz as pessoas se  lembrarem da Grafitusa nesse segmento?

Em 2020, a gráfica completou um século de história familiar dedicada a evoluir nesse mercado. Sempre preservamos em primeiro lugar o respeito pelos nossos clientes e nossos colaboradores. Trouxemos ao longo desta história todas as tecnologias para o Espírito Santo. Quando escolhemos, um tempo atrás, um slogan que dizia “Fidelidade além das cores”, foi porque isso era algo que sintetizava nosso propósito em nossa história.

 

Quais foram os desafios da última década e como eles foram superados?

Poderia elencar uma série de mudanças, mas a que mais me chama atenção é que as tecnologias gráficas antes demoravam anos para chegarem ao Brasil, e agora esse atraso já não é percebido. Junto a isso tudo, mudanças de comportamento de consumo já davam sinais de que viriam para transformar e a tecnologia ganhava ritmo e velocidade, tornando-se algo que substituiu, algumas vezes, a tradicional mídia ou se colocou como forma complementar e que precisávamos entender que seria nossa realidade. Os últimos investimentos feitos na empresa nos ajudaram a nos manter líderes de mercado e com tecnologia de ponta atualizada.

 

O que é ser uma marca memorável para a Grafitusa? Que atributos uma marca precisa ter para se tornar ícone? 

As empresas precisam de velocidade nas soluções. É inadmissível nos tempos atuais termos ações que estão em desencontro com que o mercado aceita. Investir em pesquisa de mercado, estratégia comercial, equipe qualificada, ética empresarial, respeito ao cliente é algo que sempre tornará a empresa com diferencial.

 

Qual o papel da comunicação e do marketing para a construção de uma marca memorável?

Tudo! Comece a elencar as  diversas soluções que temos para impulsionar o resultado das empresas. As empresas concorrem com o mundo… Somos global, correto? Mas se as escolhas de investimento na comunicação de hoje em dia forem erradas, tudo pode tomar proporções irreversíveis, inclusive acabando de vez com uma marca. E não podemos esquecer que não é apenas a comunicação que precisa ser essencial, o produto necessita verdadeiramente atender às expectativas do cliente. Estamos em outros tempos! Mas a construção de marca se manterá sempre muito necessária para o sucesso em um mercado mais qualificado e disputado.

 

Comente um pouco sobre como foi o período de pandemia para a empresa, que efeitos isso teve no negócio e de que forma foi possível pensar em novas estratégias para se manter e até mesmo se fortalecer no mercado.

Um choque, assim como para todos. Usamos todas as medidas iniciais para seguir as primeiras sugestões que apareciam de protocolos de segurança. No momento inicial, participamos da ação da Industria do Bem, da Findes, ajudando a preparar 150 mil unidades de face shield. Começamos a ser demandados por clientes que queriam comprar e a produzir para o mercado. Foi um momento de muita reflexão e de nos mostrar que aquela série histórica de clientes que tínhamos havia mudado para sempre. E mudou verdadeiramente. Focamos em estudar o mercado de embalagem, entrar em um edital de inovação, conversar com outros mercados que estavam se mantendo equilibrados. Repensamos a empresa e hoje temos outro cenário de futuro da indústria gráfica.