Polícia

Cães da DHPP já apreenderam mais de 250 quilos de drogas

Para aprimorar ainda mais o trabalho entre o policial e o cão, cursos de aperfeiçoamento também são oferecidos aos policiais da Grande Vitória

 Já foram apreendidos 274 quilos de drogas, 46 pessoas foram presas em 190 operações policiais  Foto: Divulgação/Governo

O apoio dos cães farejadores contribui, e muito, com o trabalho da Polícia Civil.  Desde a criação da Unidade Canil na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no ano de 2012,  já foram apreendidos 274 quilos de drogas, 46 pessoas foram presas em 190 operações policiais realizadas em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Receita Federal (RF). Em 2015 foram apreendidos 89 quilos de drogas, quatro armas de fogo e 27 pessoas foram detidas. 

“Uma atuação importante da nossa Unidade K-9 ocorreu em julho do ano passado, quando um dos nossos cães farejadores, o Zack, encontrou 47 quilos de maconha no interior do bagageiro de um ônibus interestadual, localizado no Distrito de Pequiá, na cidade de Iúna”, lembrou o titular da DHPP, delegado José Lopes. 

Em 2014, a Unidade Canil da DHPP participou de 35 operações, sob a coordenação do delegado José Lopes. Durante as ações, que também contaram com o apoio da PRF e da RF, 164,8 quilos de entorpecentes foram apreendidos e 11 pessoas foram detidas. Já no ano de 2013, foram realizadas 84 operações que resultaram na apreensão de 20,4 quilos de drogas e oito pessoas presas.

Para aprimorar ainda mais o trabalho entre o policial e o cão, cursos de aperfeiçoamento também são oferecidos aos policiais. Em abril foi firmado um convênio de cooperação técnica entre o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) e a Polícia Civil nas operações com cães. “O objetivo foi de aperfeiçoar os recursos humanos e materiais, em particular os animais, com a realização de treinamentos, qualificações, compras, seleção de animais e operações em conjunto, facilitando a comunicação entre as agências integradas e reduzindo custos”, afirmou José Lopes.

No final do ano passado, o investigador Michel Antônio Carlos participou de um curso de Busca, Resgate e Salvamento com Cães, oferecido pelo CBMES. A capacitação teve o objetivo de auxiliar os policiais civis na busca de entorpecentes ou na localização de vítimas de homicídios. “Pretendemos ampliar a Unidade K-9 preparando um cão para localizar vítimas de homicídios cujos corpos estejam enterrados ou em locais de difícil acesso”, concluiu o responsável pela DHPP. 

Ações 
2013 -Durante o ano a Unidade K-9 participou de 84 operações policiais e foram apreendidos 20,4kg de entorpecentes, e 08 pessoas presas.

2014
Sob a coordenação do Delegado de Polícia, José Lopes, a Unidade K-9 realizou 35 operações conjuntas com a Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal sendo apreendidos 164,8kg de entorpecentes e 11 pessoas foram presas.

2015
No ano, foram realizadas 71 operações conjuntas com a Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal sendo apreendidos 89kg de entorpecentes, 04 armas de fogos e 27 pessoas foram presas

Unidade canil 

A unidade de canil da DHPP foi criada, em 2012, em uma parceria firmada entre a Polícia Civil e a Receita Federal que permitiu que os cães das duas instituições fossem treinados pelos mesmos profissionais que adestram os cães do Centro Nacional de Faro da Receita Federal do Brasil (CNCF). A iniciativa foi em atendimento a um pedido do então responsável pelo Núcleo de Gerenciamento de Operações Táticas e Instrução (Nugoti), delegado Fabrício Dutra.

Ainda em 2012, também foram fundados os Núcleos das Seções de Repressão a Drogas (Nuserd) nas Delegacias de Crimes Contra a Vida da Região Metropolitana, subordinadas à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Esses novos núcleos surgiram com objetivo de interligar as diversas linhas de investigação de crimes como homicídio e tráfico de drogas.

Para o desenvolvimento do projeto, a DHPP resolveu inovar e cedeu uma área para a construção de um canil, com capacidade para até três cães de trabalho. Além disso, foi disponibilizado um policial para participar do Curso de Formação de Cães de Faro da Receita Federal, em 2013. Desde a conclusão do curso, o cão Zack e seu condutor André Cardoso seguem atuando em operações realizadas pela DHPP, com apoio das demais unidades da Polícia Civil. 

Treinamento 

Antes dos cães participarem de operações policiais, eles passam por um treinamento de socialização e comandos básicos. “Após o animal se acostumar com o cheiro, os objetos são escondidos para que ele os encontre. O grau de difilculdade aumenta com o tempo, até que ele esteja pronto para participar de operações. Antes disso, ele é levado para treinar em todos os lugares onde irá trabalhar: carros, galpões, ônibus, bagagens, terrenos, residências, caminhões, etc”, explicou o condutor André Cardoso.  

André também informou que o cão usa dois tipos de alerta: o ativo e o passivo. No ativo, o animal arranha e morde o lugar onde o objeto está escondido.  E no passivo, ele se posiciona ao lado do local. O condutor concluiu dizendo que o cão é sempre elogiado e recompensado, o que cria um vínculo entre o animal e o condutor. 

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