Polícia

Família de jovem assassinado na Praia da Costa desabafa: 'enquanto eu tiver forças, vou até o final'

Após ser baleado, o topógrafo Luiz Henrique Cordeiro Araújo, de 27 anos, foi socorrido por familiares até uma viatura da Guarda Municipal

Foto: Reprodução

A família do jovem que foi assassinado na Praia da Costa, em Vila Velha, no Ano Novo, continua indignada com o ocorrido. Um familiar da vítima afirmou que vai correr atrás de respostas. Para ele, a ação da Guarda Municipal foi negligente.

Após ser baleado, o topógrafo Luiz Henrique Cordeiro Araújo, de 27 anos, foi socorrido por familiares até uma viatura da Guarda Municipal. A vítima estava comemorando a chegada de 2020 com amigos e parentes. 

Um familiar, produtor de eventos, que socorreu Luiz, e preferiu não ser identificado, contou como tudo aconteceu. “Um grupo de meninas, que estava o tempo todo perto da gente, passou e derrubou nossas bebidas. Fomos falar com elas e todos estavam alterados, iniciando uma confusão. Uma delas caiu no chão e o pessoal achou que estávamos batendo nela, mas a gente não estava. Um rapaz arremessou uma garrafa, que bateu no rosto de um amigo e precisou de 40 pontos”, contou.

Após a briga, a família contou que foi ameaçada por um homem armado. Um familiar ainda tentou denunciar no local. “Eu fui até a viatura da Guarda, que estava próxima. Vi meu amigo sangrando, pedi a Guarda para socorrer e eles disseram que não poderiam. Eu pedi para eles irem onde estava a confusão, mostrei o cara armado e eles não foram”, disse.

Segundo a polícia, o topógrafo foi atingido por pelo menos três disparos. Foram dois na cabeça e um nas costas. “Levaram a gente até o hospital, mas nos jogaram lá e nem fizeram perguntas e nem nada. O guarda que me ajudou não sabe nem meu nome”, disse o familiar.

De acordo com os familiares, Henrique foi preso por roubo em 2013, mas, atualmente, não tinha envolvimento com o crime, trabalhava e era orgulho da família. Segundo familiares, ele aguardava o encerramento deste processo neste ano, na qual respondia em liberdade, para realizar o sonho de rever o pai, que não via há 10 anos. “Ele trabalhava, gostava de jogar futebol, adorava comer. Era uma pessoa muito boa”, lamentou.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa de Vila Velha, que funciona em Vitória. Na manhã desta sexta-feira (03), familiares foram até o local para prestar depoimento. Por enquanto, o suspeito de efetuar os disparos não foi localizado. A família disse que não vai descansar até o crime ser resolvido. “O porquê disso tudo eu não sei, mas sei que quero ir até o final. Enquanto eu tiver forças, eu vou até o final”, afirmou.

Por meio de nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que os agentes da guarda agiram de acordo com o protocolo de atendimento, priorizando o socorro à vítima. Disse ainda que receberam a informação de que um homem estaria armado em função de uma briga entre grupos rivais na praia e, imediatamente, pediram apoio, já que os agentes estavam com duas crianças perdidas e uma jovem ferida.

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