Polícia

Mãe de venezuelano morto em Vitória solicita cremação do corpo

Ela alega dificuldade financeira para levar os restos mortais do filho para a Venezuela

A mãe do venezuelano morto a facadas no dia 10 janeiro chegou ao Espírito Santo para fazer a liberação do corpo. Por questões financeiras, ela solicitou a cremação do corpo do filho. A Defensoria Pública do Estado entrou com um pedido de autorização judicial de liberação e cremação do corpo de Marcelo Miguel David, de 28 anos, assassinado no Bairro República, em Vitória.

A mulher já esteve na Defensoria Pública para dar início ao processo. O defensor público Leonardo Oggioni explicou que o processo de liberação e cremação do corpo, neste caso, é mais complexo, porque há indícios de um crime.

“Havendo um crime, um suposto homicídio, há necessidade de investigação, inclusive no próprio corpo. Então, só vai poder haver a liberação com autorização judicial, depois que as autoridades policiais disseram que já foram feitos todos os exames necessários. Ai sim há a liberação”, explicou o defensor.

O venezuelano trabalhava como auxiliar de cozinha em um restaurante no Bairro República e veio morar no espírito santo com a intenção de trabalhar e juntar dinheiro. O corpo de Marcelo foi encontrado pela proprietária do imóvel onde a vítima morava de aluguel. Na noite anterior ao crime, a vítima teria chegado ao local acompanhada por um homem.

Uma moradora disse que escutou a vítima gritar no início da manhã do dia 10 janeiro. Preocupada, ela foi até o restaurante onde o venezuelano trabalhava, mas não teve notícias. Depois disso, ela decidiu invadir o quarto e acabou encontrando o corpo da vítima no local.

Segundo a Defensoria Pública, a mãe da vítima solicitou a cremação do corpo, porque alega dificuldades financeiras para transportar os restos mortais do filho até a Venezuela. “Ela é uma pessoa humilde, não tem condições. A informação que nós temos é que ela está permanecendo aqui no Estado com muita dificuldade e com ajuda, inclusive, de amigos do filho dela. E você tem um custo para fazer o transporte de um corpo, e se você faz isso usando um caixão, esse custo é muito elevado”, afirmou.

O pedido de liberação e cremação do corpo do venezuelano já foi encaminhado ao juiz da Fazenda Pública, que vai analisar o caso. De acordo com a defensoria estadual, ainda não há um prazo para a conclusão deste processo. Enquanto isso, o corpo permanece no Departamento Médico Legal em Vitória (DML).

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