Polícia

Empresário é preso no ES por integrar organização criminosa que furtava combustível da Transpetro

Homem foi detido em Aracruz e é apontado como dono de caminhões que transportavam combustível furtado no Rio de Janeiro

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

Um empresário do ramo de transporte, suspeito de participar de uma quadrilha especializada em furtar combustível por meio de perfuração de dutos da Transpetro, foi preso nesta quarta-feira (23) em Aracruz, Norte do Espírito Santo.

A prisão faz parte da operação "Ratoeira", deflagrada pelas Polícias Civis do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. A ação também aconteceu em Minas Gerais e em Pernambuco.

Segundo as investigações, Daniel José Campagnaro fazia parte da organização criminosa "BR Ratobras", que agia no Rio de Janeiro, mas que tinha ramificações no Espírito Santo. 

Foto: Reprodução TV Vitória
Delegado Leandro Sperandio, titular da Delegacia de Ibiraçu, apontou que Daniel Campagnaro era o dono dos caminhões usados no transporte do combustível furtado

Campagnaro foi detido e levado para a delegacia. Em sua casa, foram apreendidos documentos e veículos. “A investigação aponta que ele tinha caminhões que eram usados pelo grupo no transporte do combustível furtado”, explicou o titular da Delegacia de Polícia de Ibiraçu, delegado Leandro Sperandio.

Reprodução TV Vitória
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O outro investigado, Magnojai Rizzari Recla, morador de João Neiva, foi preso em São Paulo. Na residência dele, foram apreendidos documentos, cinco HDs e dois veículos, sendo uma motocicleta modelo R6 e uma Optima. 

Ele já havia sido preso pela PCES em 2016, por envolvimento em fraudes e subtração de combustíveis, ocasião em que o posto de combustível dele foi interditado e permanece desativado.

As investigações apontaram que os dois eram peças-chave na organização criminosa. Ambos recebiam o combustível furtado no Rio e destinavam para a empresa deles no Espírito Santo. 

O terceiro suspeito, Robson Teixeira Alves Gusmão, apontado também como  sócio-receptador, que seria morador de Vitória, segue foragido.

A reportagem não localizou as defesas dos investigados. O espaço está aberto para manifestação de seus advogados. 

A empresa Transpetro respondeu que colabora com as investigações e que mais de 30% dos delitos não chegaram a ser concluídos devido ao trabalho de inteligência das forças de segurança.

Investigação começou em 2017

As investigações pela Polícia Civil do Rio de Janeiro tiveram início a partir da prisão, em flagrante, de dois integrantes da quadrilha, na cidade de Magé, no Rio de Janeiro, no momento em que conduziam petróleo subtraído. 

Na ocasião, os aparelhos de telefone celular da dupla foram apreendidos e passaram a fazer parte do processo investigatório. Com o andamento da apuração dos fatos, os agentes identificaram os criminosos e as respectivas funções na prática das derivações clandestinas.

Entenda o esquema

De acordo com os policiais, a estrutura do bando é formada por três núcleos. Um é o responsável por efetuar a perfuração nos dutos com uso de equipamentos próprios; o outro pela extração e transporte do petróleo e combustível subtraídos em caminhões; e o terceiro é composto por empresários receptores do produto.

A comunicação entre eles é feita por meio de aplicativo de mensagens, no qual planejam estratégias de atuação, principalmente em áreas remotas e em horários noturnos. 

Leia também: “BR Ratobras”: operação contra furto de combustíveis cumpre mandados no ES

O grupo criado para as conversas da organização criminosa é denominado “BR Ratobras” e tem uma espécie de logomarca com a imagem de um rato portando um fuzil.

* Com informações da repórter Luana Damasceno (TV Vitória/Record TV)



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