Polícia

Confronto em Vitória: 'Não vamos tolerar criminosos atirando contra a polícia', diz secretário de Segurança

Após o tiroteio entre a polícia e criminosos, que assuntou moradores e resultou na morte de um suspeito, indivíduos tentaram incendiar um ônibus

Redação Folha Vitória

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Foto: Beatriz Figueiredo | TV Vitória

A manhã desta quinta-feira foi de medo e aflição para os moradores do bairro Jesus de Nazareth, em Vitória. Após uma noite de confronto, que resultou na morte de um suspeito, um novo tiroteio, que durou cerca de 40 minutos, foi registrado, entre a Polícia Militar e criminosos da região. 

Alguns trechos do bairro amanheceram interditados pela polícia. Dentre eles uma das principais vias da Capital, onde estão localizadas a sede da prefeitura de Vitória e também a Secretaria Estadual de Segurança Pública. 

>> Leia também: Trecho da Avenida Beira-Mar fica fechado por 40 minutos após tiroteio

Em coletiva de imprensa, o Secretário de Segurança Pública do Estado (Sesp), Coronel Alexandre Ofranti Ramalho, explicou que durante uma operação de rotina da Força Tática da Polícia Militar, no alto do morro, a equipe foi surpreendida por cinco indivíduos armados. Um deles atirou contra os policiais que revidaram. No confronto, um dos suspeitos foi atingido pelos disparos.

Com ele,  a polícia apreendeu um revólver calibre 38 e quatro munições deflagradas, dinheiro, que segundo o delegado seria do tráfico de drogas, e uma mochila com entorpecentes. O homem foi socorrido e levado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Foto: Reprodução TV Vitória

Durante a madrugada, outros indivíduos tentaram atear fogo em um coletivo na Avenida Beira Mar. A polícia novamente foi acionada para conter a ação dos criminosos e houve um novo tiroteio, que durou cerca de 40 minutos.

O secretário disse que ações de ousadias como não serão toleradas pela polícia. "A ousadia deles chama atenção a muito tempo. Nós estamos falando de criminosos menores ligados ao tráfico de entorpecentes, já falamos de baixa idade, de baixa escolaridade, que afrontam não só o Estado, mas a população, e nós não temos um remédio eficaz, que são as leis, para manter esses indivíduos nos seus devidos lugares. O que nós não podemos aceitar é a afronta contra os nossos policiais, nesse momento de profunda dificuldade que estamos vivendo. Não podemos aceitar que criminosos inconsequentes e irresponsáveis venham atirar contra um policial."

O coronel deixou claro que o papel da polícia é proteger a população e até mesmo evitar que o pior aconteça a esses indivíduos, mas exige respeito. "A mensagem é muito simples para os pais (dos criminosos) e para esses criminosos: a polícia chegou, é arma no chão e mão na cabeça. Todos os direitos deles serão preservados. Estamos falando de polícia legalistas. Eles serão encaminhados para a delegacia e depois responderão à Justiça," destacou.

De acordo com Ramalho, o trabalho das equipes militares continuará nos morros do bairro Jesus de Nazareth. "O trabalho continuará. Ocuparemos o morro hoje. Estamos nos desdobrando na pandemia e na questão da criminalidade para levar segurança à população capixaba," afirmou.

Foto: Reprodução TV Vitória

Questionado sobre um recado dos criminosos pichado em um muro da região onde diz: "A favela é do morador, nós que 'administra', Ramalho respondeu: "Isso é uma característica da impetuosidade do jovem inconsequente e com baixa escolaridade como é possível ver na própria frase. A nossa presença na comunidade é para proteger pessoas dignas, honestas, trabalhadoras, que clamam por segurança. Continuaremos a fazer esse papel em qualquer comunidade".

Já sobre a represália dos criminosos, Ramalho concluiu dizendo: "Nós não toleraremos. Nós não vamos admitir que um policial militar, civil ou qualquer agente de segurança seja ultrajado, tendo disparos realizados contra agentes que estão levando segurança para a população. Pedimos o apoio da população. Estamos nos desdobrando na pandemia, estamos nos arriscando para salvar vidas, e não podemos admitir que os nossos agentes de seguranças, sejam ultrajados por esses jovens inconsequentes e irresponsáveis que as leis não os alcançam", afirmou.

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Arleson Schneider / TV Vitória
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