Polícia

Técnica de enfermagem morta na Serra faria 34 anos nesta segunda

No momento do crime, a filha de 12 anos estava no local

Foto: Reprodução

A técnica de enfermagem que foi assassinada no bairro Vila Nova de Colares, na Serra, faria 34 anos nesta segunda-feira (15). A vítima foi morta com 33 facadas e o principal suspeito é o ex-companheiro, que ainda morava com ela. O crime aconteceu durante a madrugada. A filha do casal, uma criança de apenas 11 anos, presenciou toda a cena.

Sorridente e vaidosa, a vítima, Jaciara da Silva Moura, de 33 anos, era conhecida por ser batalhadora e uma verdadeira companheira. Mesmo separada do auxiliar de serviços gerais Zezito Pereira da Silva, de 41 anos, ela ainda vivia na mesma casa com o rapaz. O relacionamento durou 12 anos. De acordo com familiares da vítima,  eles estavam separados há seis meses e dividiam a mesma casa da vítima.

A tia da vítima contou que Jaciara estava em dois empregos e que, ainda, ajudava o ex-companheiro. Porém, o homem não aceitava o fim do relacionamento e demonstrava constantemente um comportamento possessivo.

Uma data que deveria ser especial

De acordo com a família de Jaciara, o casal e a criança de 11 anos foram almoçar na casa de parentes no último domingo (14). Mesmo com a separação, a técnica de enfermagem demonstrava ter um relacionamento saudável com ex-companheiro.

Depois do almoço, os três voltaram pra casa. Familiares da vítima ficaram sabendo da morte de Jaciara por volta de duas horas da manhã. Os vizinhos descobriram antes, porque a filha do casal, aos prantos, foi em direção ao portão da casa e gritou que o pai estaria matando a mãe dela.

Uma vizinha, que preferiu não se identificar, ouviu os gritos da criança. "Muito triste, isso é uma covardia. Todo mundo aqui se revoltou, mas quase ninguém viu, só quando a menina saiu pedindo socorro e a gente saiu para ajudar", contou.

Segundo informações da polícia, Jaciara foi assassinada com 33 facadas. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu quando chegou no hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra.

Divisão da casa

Ainda de acordo com a família, o casal não se separou por causa da casa em que morava. O imóvel pertencia aos dois e, um segundo andar foi construído para que a técnica de enfermagem se mudasse. O ex-companheiro ficaria vivendo no primeiro andar. 

"A irmã dela pedia para ela sair de casa, comprar uma apartamento em outro lugar, mas ela não quis sair para não deixar a casa para ele e nem ele queria sair para deixar a casa com ela", contou a tia de Jaciara.

A filha do casal foi levada para casa de parentes maternos. A menina mal consegue conversar após o crime.

O suspeito fugiu e não foi mais visto. Zezito trabalha como auxiliar de serviços gerais, mas iria mudar de área, pois se formou, junto com a vítima, em técnico de enfermagem.

A tia da vítima conta que o desejo dela e da família é de que a justiça seja feita. "Ele não tinha direito de fazer isso. Ela era nova e tinha a vida dela toda pela frente. Ela lutou para chegar onde ela chegou. Eu não quero mais nada, só quero a justiça", disse.

Segundo a Polícia Civil, o caso está sendo investigado e o suspeito ainda não foi localizado. 

* Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record TV.

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