Polícia

Julgamento dos supostos mandantes do assassinato do juiz Alexandre Martins deverá durar cinco dias

Serão julgados o coronel Walter Gomes Ferreira e Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calú. Júri está marcado para começar às 13 horas da próxima segunda-feira

Juiz Alexandre Martins foi assassinado no dia 24 de março de 2003, em Vila Velha Foto: Divulgação

Mais de 12 anos depois, dois dos três acusados de serem os mandantes do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, morto a tiros no dia 24 de março de 2003, ao sair de uma academia em Itapoã, Vila Velha, finalmente serão julgados. O júri popular está marcado para começar às 13 horas da próxima segunda-feira (25). 

Estarão no banco dos réus o coronel da reserva da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, o coronel Ferreira, e o ex-policial civil e empresário do ramo de mármore e granito, Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calú. O outro apontado pela polícia como mandante do assassinato é o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira, que ainda aguarda a tramitação de recursos junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O julgamento será realizado no Salão do Júri do Fórum da Prainha, em Vila Velha. De acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o Tribunal do Júri será presidido pelo juiz Marcelo Soares Cunha e a estimativa é que esse julgamento dure aproximadamente cinco dias. Nos demais dias, o juiz pretende trabalhar das 8h30 até às 21 ou 22 horas.

O júri seguirá o rito estabelecido pelo Código de Processo Penal (CPP). O juiz abre os trabalhos, apregoam-se as partes, qualificam-se os réus e confere-se a presença dos jurados.

Logo na abertura, serão sorteados sete jurados entre um grupo de 25 pessoas. Será necessário que pelo menos 15 estejam presentes para que sejam escolhidas as sete. Além disso, cada parte pode recusar até três jurados, sem justificativa.

Enquanto durar o julgamento, as sete pessoas sorteadas estarão à disposição da Justiça. Segundo o TJES, durante esse tempo o Judiciário vai providenciar toda a estrutura para elas, como segurança, alimentação e alojamento. 

Cada parte terá direito a arrolar até cinco testemunhas. De acordo com o Tribunal de Justiça, participarão desse Júri 16 testemunhas. A lei não prevê um limite de tempo para o depoimento das testemunhas.

No entanto, conforme a legislação, o tempo destinado para a acusação se pronunciar será de duas horas e meia. O mesmo tempo será concedido para a defesa. A réplica é facultativa e, se houver, terá a duração de duas horas, mesmo tempo reservado para tréplica, caso requerida. Portanto, essa fase do júri, de defesa e acusação, poderá durar cerca de 9 horas. 

O júri poderá ser acompanhado de perto pelo público. No entanto, o TJES ressalta que não serão permitidos os registros de fotos o qualquer tipo de imagem do julgamento. 

Pontos moeda