Polícia

Delegado de Guarapari faz alerta sobre golpes em sites e redes sociais

O titular da Delegacia Patrimonial da cidade, delegado Marcos Nery, chama a atenção para links fraudulentos a partir de ofertas tentadoras.

Carolina Brasil

Redação Folha da Cidade
O delegado afirma que comércio não é Loteria.

Imagine a seguinte situação: Copa do Mundo chegando, você de olho em uma TV de última geração que custa em média R$ 5 mil. Navegando pela Internet, em site e redes sociais, surge uma oferta com o objeto de desejo pela metade desse valor. Hora de clicar no link, certo? Não. Você corre riscos.

De acordo com Marcos Nery, delegado titular da Delegacia Patrimonial de Guarapari (Depatri), é assim que acontecem muitas fraudes, estelionatos e, principalmente, a obtenção de dados para novos crimes. Isso porque, os criminosos falsificam a plataforma de grandes sites para onde a pessoa é levada através do link que, em geral, apresenta ofertas tentadoras ou grandes vantagens na obtenção de produtos ou serviços. Um exemplo é o desconto excessivo na opção de pagamento por boleto. 

“A pessoa faz a compra através de um boleto, constando nele o nome da loja e outras informações aparentemente corretas, mas com código de barras de uma conta falsa. A pessoa perde o dinheiro e não recebe o produto”, explicou Nery.

A população deve fugir de ofertas tentadoras.

O delegado destaca que há, no Brasil, uma vantagem excessiva em abrir contas e o estelionatário se aproveita disso. Segundo ele, os crimes patrimoniais por meios eletrônicos aumentaram muito em todo o país. “Crimes desse tipo são muito difíceis de solução, muitas vezes a distância geográfica entre o criminoso e a vítima é grande. Além disso, envolve a obtenção de informações de instituições financeiras e de outras delegacias”, ressaltou.

Vale ressaltar, também, que ao clicar em links falsos e acessar plataformas fraudulentas, com preenchimento de dados, pode gerar mais que o prejuízo financeiro pontual. “O criminoso faz a vítima duas vezes, obtendo vantagens indevidas e obtendo os dados pessoais. Com esses dados CPF, RG, e-mail, nome e endereço, pode abrir uma conta, fazer compra com cartões falsos em nome daquela pessoa, constituindo dívidas. O nosso conselho é sempre optar por sites confiáveis e conhecidos do comércio eletrônico, verificar a idoneidade da empresa que responde por aquele site e nunca clicar em links desconhecidos”, alertou Marcos Nery.

Crimes são cometidos a partir de dados pessoais lançados na rede.

Para o delegado não é aconselhável comprar e vender em sites de revenda, bazar ou grupos de redes sociais. Nesses ambientes pode existir o comércio de produtos fruto de furto ou roubo, e pagamento com notas falsas, por exemplo. Um risco para quem compra e para quem vende. Ele chama a atenção para outros dois tipos de golpe. Um trata de empréstimos facilitados e com poucas exigências. Outro de depósitos falsos em negociações bens. 

“Muitas vezes, a pessoa está desesperada com as contas atrasadas, com nome sujo e se depara com um empréstimo vantajoso, mas que exige o depósito de 10% do valor pretendido. Na tentativa de resolver o problema acaba caindo no golpe. E no caso de negociações, o golpista deposita no caixa eletrônico um envelope vazio, com a informação do valor combinado na negociação. A vítima não se preocupa em aguardar que aquele ‘dinheiro’ seja compensado e entrega o bem. Em geral essas tratativas acontecem por meios falsos como e-mails e telefones”, descreveu o delegado Marcos Nery da Depatri de Guarapari, dizendo que comércio não é Loteria, que em algum momento te trará sorte ou uma grande vantagem.

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