Polícia

Julgamento de 4 dos 7 acusados pela morte do soldado Ítalo é mais uma vez adiado

A decisão foi tomada duas horas depois de os advogados de defesa dos réus questionarem a competência do promotor de Justiça

A audiência aconteceria no Fórum da Serra / Foto: Reprodução TV Vitória

Alessandro Guimarães de Oliveira, Weverton Silva Rodrigues e os irmãos gêmeos Fábio e Fabricio Barbosa da Cruz são réus no processo que julga a morte do policial militar Ítalo Bruno Pereira Rocha e a tentativa de homicídio contra o amigo dele, o também soldado Alan Carlos Ferreira Neto. Os três iriam a júri popular nesta quinta-feira (16).

Durante a manhã, os quatro entraram pelos fundos do Fórum da Serra, onde seria realizado o julgamento. A audiência seria presidida pela juíza Daniela Pellegrino de Freitas Nemer, mas a magistrada decidiu cancelar. A decisão foi tomada duas horas depois de os advogados de defesa dos réus questionarem a competência do promotor de Justiça, designado pelo Ministério Público para o julgamento.

No entendimento dos advogados, o promotor não poderia atuar por ter sido transferido da Serra para Cariacica. Diante do impasse, ele chegou a ser substituído por um colega, mas nem assim a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Espírito Santo concordou com a manutenção do julgamento. O presidente da OAB capixaba, Homero Mafra compareceu ao plenário e chegou a discutir com a juíza. Irritada, Daniela Nemer anunciou o cancelamento do júri.

O soldado foi morto na Serra / Foto: Reprodução TV Vitória

O soldado Ítalo tinha 25 anos e foi morto a tiros e pedradas em agosto de 2015, em Jardim Carapina, na Serra. Ele e o amigo haviam ido ao local para o encontro com duas mulheres. Os dois foram atacados próximo a um baile funk. Câmeras de videomonitoramento flagraram todo o crime.

Na época a polícia agiu rápido e em 30 horas o então delegado plantonista na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu sete suspeitos do crime. Rodrigo Sandi Mori atualmente é titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra. Ele foi convocado para prestar depoimento como testemunha de acusação no julgamento dos acusados. O júri chegou a ter início em maio deste ano. Na ocasião a audiência precisou ser adiada, pois a avó de uma das juradas morreu. 

Leia também:
>> Entenda o envolvimento de cada suspeito na morte de soldado na Serra, segundo a polícia

>> Colega de PM assassinado na Serra diz que os dois foram encontrar garotas
>> Menina suspeita de atrair policial para emboscada na Serra é detida