Polícia

Operação Marias prende 23 acusados de violência doméstica na GV e em Aracruz

Até esta quinta etapa da operação, já são 142 prisões de homens apontados como autores desses crimes

Foto: Reprodução / TV Vitória

A quinta fase da Operação Marias efetuou 23 prisões de homens acusados de violência doméstica e familiar na Grande Vitória e na região de Aracruz. Desses, oito foram presos por descumprimento de medida protetiva, três por ameaça, três por lesão corporal e sete pelo crime de estupro.

Até o momento, desde o início da operação, 142 homens foram presos. Em Vila Velha, um caso chamou a atenção da polícia. Um porteiro de 33 anos acabou preso nesta quarta-feira (21), depois de ameaçar, agredir e cavar uma cova para enterrar a ex-mulher.

"Nós conseguimos lograr êxito e ele está preso em flagrante. Então, é a vida de uma mulher salva e um recado para esse autor: 'eles não ficarão impunes'", afirmou a chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, Cláudia Dematté.

O casal conviveu durante seis anos. A mulher viveu todo esse período sob ameaças e os dois acabaram se separando. Entretanto, ele não aceitava. Na última semana, foi à casa dela, a agrediu e ameaçou que voltaria para matá-la. Prova disso é que ele já teria cavado uma cova ao lado da casa dela, onde ela seria enterrada.

"A nossa equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, de Vila Velha, conseguiu localizar nas proximidades da casa da vítima, a cova que este homem, que esse autor dessa violência absurda, havia cavado exatamente com o objetivo de enterrar a sua companheira, que ele iria matá-la. Foi analisada essa cova, que dava efetivamente para enterrar um corpo", completou Cláudia Dematté.

O chefe da Polícia Civil ressalta que a Operação Marias tem servido de referência para outros estados que enfrentam o problema da violência doméstica contra mulheres. Ele afirma que nesse ano, 844 prisões em flagrante foram realizadas.

"É um número já bem elevado de agressores presos. Esse número, de fato, está se aproximando do índice do ano passado, mas isso advém de um trabalho profícuo da polícia, do poder judiciário, do Ministério Público, todas as ações que são feitas nesse sentido, faz com que a mulher tenha coragem de denunciar o seu agressor", disse o chefe da Polícia Civil, José Darcy Arruda. 

*Com informações da repórter Vanuza Santana, da TV Vitória/Record TV

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