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Polícia desarticula grupo criminoso por venda e fabricação de armas para traficantes no ES

Segundo as investigações, um dos integrantes do grupo foi o primeiro a fabricar e comercializar submetralhadoras artesanais no Espírito Santo

Foto: Reprodução TV Vitória
*Atualização: 
A reportagem foi atualizada no dia 29 de setembro após o Comando Militar do Leste esclarecer que o homem preso não é ex-armeiro do Exército. A informação havia sido divulgada pela Polícia Civil, que admitiu ter errado. 

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Armas e Munições (Desarme) desarticulou um grupo criminoso investigado por fabricar e vender armas e munições para traficantes de drogas.

A deflagração da Operação Rhoncus prendeu oito suspeitos, entre eles um homem considerado um dos maiores fabricantes de armas artesanais do Município de Serra. Segundo as investigações, ele foi o primeiro a fabricar e comercializar submetralhadoras artesanais no Espírito Santo.

Há quase dois anos, a Desarme investiga quem fabrica esse tipo de arma no Espírito Santo. A polícia chegou na prisão de um homem de 36 anos, durante a operação Rhoncus.

Em uma das casas que o suspeito já usou como ponto de fabricação, na Serra, foram encontrados ferramentas, canos e materiais diversos, usados para montar, principalmente, submetralhadoras, um modelo específico criado por ele mesmo e escopetas de calibre 12, que começaram a circular no mercado capixaba em 2016.

O suspeito estava há cinco anos fabricando as armas, mas começou a se arrepender pelo risco e tentou desistir. Só que ele disse que estava sendo ameaçado por traficantes e, por isso, há cinco meses resolveu trabalhar como caminhoneiro.

Ele foi preso na última sexta-feira (24) na casa da sogra, na Serra. Além dele, outras sete pessoas também foram detidas.

O homem responderá por comércio ilegal de arma de fogo, já que na constituição brasileira não existe o crime de fabricação de armas. Ele já tinha passagem por porte ilegal em 2016 e 2018, quando foi responsável por um disparo acidental dentro de um veículo na hora de testar uma arma. 

O tiro atingiu a irmã e o cunhado. Na prisão mais recente, se condenado, pode pegar até 12 anos de prisão.

*Com informações da repórter Nathália Munhão, da TV Vitória/Record TV

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