Polícia

Sete lideranças do tráfico foram presas em menos de 1 mês na Grande Vitória

Segundo a Polícia Militar, as prisões são responsáveis por enfraquecer o tráfico de drogas

Foto: Reprodução/ Polícia Militar

A guerra pelo tráfico de drogas entre facções criminosas tem tirado a paz de moradores de bairros da Grande Vitória, no Espírito Santo. A intensa disputa armada entre grupos rivais traz medo e insegurança para pessoas inocentes. 

Diante disso, cada vez mais, a Polícia Militar tem feito prisões para combater o crime. Mas até que ponto essas prisões são realmente benéficas para coibir a atuação dos criminosos?

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A busca incessante pela expansão do território do tráfico exige planejamento e estratégia das forças de segurança do Estado. Por isso, o alvo principal da Polícia Militar tem sido as lideranças das facções criminosas. O objetivo é enfraquecer o grupo criminoso e causar impacto na lucratividade.

"A prisão deles quebra a cadeia de comando da organização criminosa. A prisão ou morte deles também vai desbaratar a quadrilha de traficantes na região", explicou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus.

Nos últimos 22 dias, a polícia intensificou operações nas principais áreas de conflito. Um dos integrantes foi identificado como Rogério Mello Chagas, de 31 anos. Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas no Morro do Cabral e morreu durante um confronto com a PM no Morro da Piedade, em Vitória.

Além dele, outras sete lideranças de grupos criminosos distintos que atuam na Grande Vitória foram presas pelos militares.

Na segunda-feira (12), outras três importantes prisões foram realizadas:

Patrick Alexandre de Jesus da Silva: conhecido no Morro do Quiabo, em Cariacica, como "PK" e apontado como líder do tráfico de drogas do morro.

Clebson Souza Santos e Carlos André Soares Nascimento: presos no bairro Ulisses Guimarães, em Vila Velha. Os dois são ligados a grupos criminosos que atuam no município e buscavam ampliar o comando do tráfico de drogas em outros bairros da cidade.

Wagner Mendes: mais conhecido como "Dedego", de 38 anos, foi preso no dia 04 deste mês no município de Divino São Lourenço, interior do Estado. Ele é apontado como líder e criador de um grupo criminoso, além de ser o responsável por fornecer armas, drogas e munições para os integrantes do grupo.

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No dia 22 de agosto, Reinaldo Dias de Oliveira Júnior, de 31 anos, foi preso no bairro Dom João Batista, em Vila Velha, durante um confronto com a PM. Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas do Morro Jaburuna.

Em 24 de agosto, Weglas Lima de Araújo foi preso em Jardim Botânico, Cariacica. Segundo a Polícia Militar, ele estava pronto para atacar o grupo rival no Morro do Quiabo. Com ele, os militares apreenderam um fuzil e duas pistolas.

No mesmo dia, Daivid Jordan Machado de Oliveira, conhecido como "Playboy", de 28 anos, foi preso no bairro Ataíde, em Vila Velha. Ele é apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas de Ilha das Flores, Ataíde, Aribiri e Dom João Batista, em Vila Velha. Além disso, Daivid também teria ligações com organizações criminosas de outros Estados.

De acordo com informações da Polícia Militar, mesmo que os líderes dos grupos criminosos sejam substituídos, a organização perde força.

"A medida que eles são presos, há uma diminuição no fluxo de drogas porque a Polícia Militar faz a operação de saturação e o que move o tráfico é exatamente a relação de compra e venda. A partir do momento que o traficante é preso na região dele, ele perde muito desse contato e isso enfraquece a organização", disse Caus.

* Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/RecordTV.

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