Polícia

Três anos após crime, acusado de matar contadora na frente das netas vai a júri em Vitória

Na ocasião, militares foram acionados pelos vizinhos da vítima, que presenciaram o crime. Marcas de sangue e um par de sandálias da contadora ficaram na porta da casa

A contadora foi morta com dez golpes de facas Foto: TV Vitória

Está marcado para a próxima terça-feira (27), o júri popular do auxiliar de serviços gerais Diego Ferreira Santos, acusado de matar a companheira Roseli dos Reis Novaes, na frente das duas netas da vítima. O crime aconteceu há três anos, em Tabuazeiro, Vitória, e a família ainda espera por Justiça. Na época, Diego tinha 26 anos.

"Todo dia eu choro. Tenho lembrança dela, só vi ela em junho, e em julho ele matou. Não aguento isso", lamenta a pensionista Maria Jessy dos Reis Novaes, mãe da vítima.

Para o irmão de Roseli, Paulo Roberto dos Reis Novaes, a dor ainda está no coração:

"Sempre lembrando, chorando e aquilo pesando no coração da gente. Mas Deus vai confortando, está muito recente ainda", diz.

Na ocasião, militares foram acionados pelos vizinhos da vítima, que presenciaram o crime. Marcas de sangue e um par de sandálias da contadora Roseli dos Reis Novaes ficaram na porta da casa onde ela morava com o auxiliar de serviços gerais.

Uma suposta crise de ciúmes teria dado início à agressão. Desesperada, a contadora pediu socorro aos vizinhos, que chamaram a Polícia Militar.

"O cara tinha um ciúme dela danado. Se chegasse perto dela, ele partia pra cima de tanto ciúme que tinha. A gente era contra o relacionamento, mas ela gostava dele. A gente respeitou o direito dela", explica o irmão da vítima.

Ao chegar no local, militares se depararam com Diego que teria usado as crianças como escudo para esfaquear Roseli. Após o crime, o auxiliar de serviços gerais acendeu um cigarro e ficou ao lado do corpo. A contadora foi morta com dez facadas.

De acordo com policiais militares, Diego teria tentado se matar com veneno de rato. Na época, ele foi encaminhado para um atendimento médico e, em seguida, para o presídio.

O futuro do suspeito será definido na terça-feira (27), no Fórum de Vitória. Após ter sido adiado duas vezes, o julgamento foi agendado para às 13 horas. 

Três anos após a tragédia, a mãe da vítima ainda pede por Justiça. "Eu espero que ele fique preso por resto da vida ou do contrário, a morte. Tudo em pedacinho como ele fez com minha filha. Ela não merecia ter a morte que teve. Nem por ciúme, nem por nada. Se não quisesse, largasse, mas matar daquele jeito, não".