Polícia

Universitário é assassinado após confusão no trânsito em Nova Carapina II

Bira, como era conhecido pela família e amigos, voltava de um almoço na casa do padrasto quando se envolveu em um acidente de trânsito, na Avenida Belo Horizonte

Ubiratan ia se formar em Educação Física no fim do ano Foto: TV Vitória

O sonho de ser professor de educação física de Ubiratan Dias Ferreira, 32 anos, foi interrompido na noite de sábado (28). Após se envolver em um acidente de trânsito, o universitário foi assassinado com quatro tiros na porta de casa, em Nova Carapina II, Serra.

Bira, como era conhecido pela família e amigos, voltava de um almoço na casa do padrasto quando se envolveu em um acidente de trânsito, na Avenida Belo Horizonte, Serra. Depois de conversar com o condutor do veículo, o universitário seguiu de moto para casa.

Ao chegar na residência, o estudante ligou para a esposa, que estava no Rio de Janeiro fazendo um curso. Mas a conversa do casal foi interrompida por três homens que chamaram Bira no portão.

“Ontem ele estava na casa do padrasto fazendo um almoço. Veio em casa para tomar um banho e ia voltar para dormir lá (na casa do padrasto). Ele ligou para mim e perguntou se estava tudo bem comigo. Eu disse que sim e perguntei se com ele também estava. Ele disse que tinha alguém no portão chamando, desligou e eu nunca mais falei com ele”, disse a estudante que estava casada com o universitário há quatro anos, e não quis ser identificada.

Bira preparou uma festa surpresa na semana passada para a esposa, pois ela estaria no Rio de Janeiro no dia do aniversário. Ainda abalada, a jovem não acredita na morte do marido.

“Ele era uma pessoa de muito bom coração, que sempre se preocupou em ajudar todo mundo. Nunca fez mal a ninguém e nunca procurou briga com ninguém. A gente está sem entender até agora o que pode ter acontecido para uma pessoa fazer uma maldade dessa com ele”, desabafa.

Uma funcionária pública, que conhece Bira desde a infância, contou que ouviu os disparos dentro de casa enquanto assistia televisão com a família. Emocionada, ela disse que não acreditou quando viu o universitário caído no chão.

“Eu estava em casa vendo TV com a família. Pensamos até que fosse ‘tiro perdido’ só para espantar. Quando eu saí de casa, vi o movimento de gente e vi que era ele, fiquei desesperada. A gente gostava muito dele. Era muito querido por tudo mundo. Espero que peguem essas pessoas que cometeram essa injustiça com ele”, disse a funcionária pública, que  também pediu para não ser identificada.

Bira, que iria se formar em Educação Física no fim do ano, era muito querido pelos vizinhos. A funcionária pública disse ainda que o universitário estava feliz com a formatura porque iria realizar o sonho de ser professor:

“Ele era uma verdadeira criançona, não tinha inimizade. Pelo contrário, todo mundo amava ele e gostava dele. Ele estava fazendo faculdade e ia se formar agora no final do ano. Estava todo feliz porque era o sonho da vida dele ser professor de Educação física para trabalhar com crianças”.

De acordo com testemunhas, os homens começaram uma discussão na porta da casa do universitário por conta da batida no trânsito. Bira teria dito que ninguém ficaria no prejuízo, mas um dos homens, que estava armado, deu o primeiro disparo em direção ao estudante. Depois do crime, os bandidos fugiram a pé.

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