Polícia

Marido é preso por manter cadáver da esposa dentro de casa por 11 meses em Vila Velha

Para não chamar a atenção, ele jogava sal no corpo e usava repelente para evitar que insetos se aproximassem do cadáver

Foto: Paulo Rogério/TV Vitória

Um homem de 54 anos foi preso nesta quarta-feira (7) após manter o corpo da esposa dentro de casa pro 11 meses no bairro Ponta da Fruta, no município de Vila Velha. Para não chamar a atenção, ele jogava sal no corpo e usava repelente para evitar que insetos se aproximassem do cadáver.

Segundo a polícia, a mulher teria morrido em dezembro do ano passado em um colchão inflável. As causas da morte ainda estão sendo apuradas pela Polícia Civil. O corpo, já em decomposição, foi recolhido e levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.

O marido foi conduzido ao Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também na capital. Aos investigadores, ele alegou que não matou a esposa e disse que ela teria morrido por uso em excesso de um tipo de medicamento. Ele também disse que resolveu ficar com o corpo por amar muito a esposa.

A casa da família está fechada. Segundo vizinhos, o casal é de Minas Gerais e não tem parentes aqui no Estado. Eles afirmam que era essa a desculpa usada pelo marido para justificar a ausência da esposa: ela estaria passando por um tratamento em Minas.

O marido foi ouvido pelo delegado, autuado por ocultação de cadáver e conduzido ao Centro de Triagem de Viana. A causa da morte da mulher continua sendo investigada pela Polícia Civil.

Carta

Uma equipe de reportagem da TV Vitória este no bairro Ponta da Fruta nesta quinta-feira (8). Um dos vizinhos do casal confirmou que a polícia encontrou uma carta junto ao corpo da mulher.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a carta foi recolhida como prova e passará por análise para comprovação se foi escrita pela vítima. "No momento, não será divulgado o conteúdo do material", disse a PCES.

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Os moradores contaram que, como todo casal, eles tinham discussões, mas mantinham uma convivência pacífica. Manuel Ferreira, um dos vizinhos do casal, contou que, por conta de problemas de saúde, a mulher costumava tomar muitos remédios. Manuel revela que nem imaginava que, por quase um ano, o vizinho pudesse manter o corpo da mulher em casa.

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