Polícia

Mãe de adolescente que teve corpo encontrado em cova rasa desabafa: 'hoje em dia os pais enterram os filhos'

Núbia Barbosa Cardoso contou que Sulamita Cardoso tinha relacionamento conturbado

Foto: Reprodução TV Vitória

Sulamita Ribeiro Cardoso, de 15 anos, encontrada no último dia 7, em uma cova rasa, coberta por um lençol, havia desaparecido desde o dia 2. A mãe da adolescente, Núbia Barbosa Cardoso, contou um pouco sobre tudo o que aconteceu, e que a filha era companheira para todos os momentos. O caso aconteceu em uma área rural de Cariacica, conhecida como Sabão. 

Há quase um ano, Núbia já havia enterrado outro filho, suspeito de envolvimento com tráfico de drogas. "Antigamente, os filhos enterravam os pais. Hoje em dia, os pais enterram os filhos", desabafou Núbia. 

Núbia Cardoso, contou que Sulamita conheceu um rapaz no bairro Planalto Serrano, na Serra, e que os dois começaram a namorar. No entanto, o relacionamento dos dois era conturbado. "Ele era obsessivo, ciumento. Ele não aceitava o fim do relacionamento. Ele queria ser o dono dela", explicou a mãe. 

De acordo com familiares, Sulamita chegou a morar com o rapaz durante quatro meses, em Planalto Serrano. Depois de um tempo, o namorado se mudou para um local na zona rural de Cariacica, mas Sulamita optou por continuar morando com a mãe, no mesmo bairro. Mesmo assim, a adolescente visitava ele aos fins de semana. 

No dia 2 de novembro, Sulamita se arrumou e saiu de casa. Ainda chegou a mandar algumas mensagens para a mãe. Mas por volta das 19 horas, desapareceu. "O telefone não chamava mais. Caía direto na caixa postal. Ela também não respondia mais as mensagens", contou Núbia. Preocupada, ela começou a ir atrás da filha. Nas redes sociais, amigos de Sulamita também divulgaram foto e informações da adolescente. 

Cinco dias depois, Núbia resolveu ir até a casa do namorado da filha. "Quando eu cheguei lá, eu dei de cara com a polícia. Eu falei que minha filha estava desaparecida desde sábado e o último lugar que ela veio foi aqui. Ele disse que não queria assustar, mas que havia um corpo enterrado no local. Eu falei para o policial me falar só uma coisa: 'a menina é morena e tem uma tatuagem na mão escrito 'mãe'?'. Ele disse que sim", contou.


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