Justiça pede novo exame para avaliar liberdade para acusado de matar os filhos em Vila Velha
Marcos Itiberê já havia sido avaliado por uma equipe do Presídio de Segurança Máxima I de Viana, mas o exame não foi satisfatório para que a juíza pudesse deliberar pela progressão da pena
O comerciante Marcos Itiberê Rodrigues de Castro Caiado, acusado de matar os dois filhos no ano 2000, em Vila Velha, será submetido a um novo exame criminológico para que a progressão de seu regime seja julgada pela Justiça. Caso a juíza da 2ª Vara Criminal de Viana, Cristiania Lavínia Mayer, considere que ele possui condições de ter a progressão do regime deferida, Itiberê poderá sair da prisão.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o réu já havia sido avaliado pela equipe multidisciplinar do Presídio de Segurança Máxima I de Viana. No entanto, esse primeiro exame não foi satisfatório para que a magistrada pudesse deliberar ou não pela progressão da pena.
Com isso, o Ministério Público Estadual (MPES) solicitou que Itiberê fosse submetido a uma avaliação psiquiátrica e a magistrada deferiu o pedido. A nova avaliação deverá ser feita dentro de um prazo de três meses.
Os exames aos quais Itiberê será submetido são exigências judiciais para a expedição do laudo criminológico, onde é avaliado se o preso encontra-se ou não em condições de ter a progressão de seu regime deferida. Enquanto isso, o comerciante segue cumprindo pena em regime fechado. Ele foi condenado a 51 anos de prisão pela morte das duas crianças.
O crime
Marcos Itiberê é acusado de matar os dois filhos, Marcos Itiberê Rodrigues de Castro Caiado Filho, de 9 anos, e Gabriela Colnago de Castro Caiado, de 7. O crime aconteceu no dia 14 de maio de 2000.
De acordo com os autos, as crianças foram sequestradas pelo pai no dia 3 de maio daquele ano e levadas para o apartamento dele, no centro de Vila Velha. Dias depois, elas foram espancadas e mortas a tiros por Itiberê, que enrolou os corpos em um cobertor, colocou dentro de um closet e lacrou o local com cimento.