Polícia

Homem tenta registrar boletim de ocorrência e acaba preso em Vila Velha

Mesmo alegando não ter conhecimento sobre o latrocínio, o homem foi levado para o Centro de Triagem de Viana

Um homem foi preso após ir até a Delegacia Regional de Vila Velha para registrar um boletim de ocorrência. Gilcimar Abreu Costa, de 31 anos, é capixaba, mas mora em Minas Gerais. Na última semana, ele veio para o Estado na intenção de visitar o pai, que está internado. No entanto, segundo ele, durante a visita acabou perdendo os documentos e comunicou o fato às autoridades.

Quando chegou na delegacia, ele disse que estava com pressa e recebeu atendimento prioritário. Os policiais fizeram de tudo para ajudá-lo, mas na hora de registrar a ocorrência pela perda dos documentos foi feita uma consulta no sistema e, para a surpresa de todos, ele era procurado pela Justiça.

"Vim registrar um boletim de ocorrência sobre um documento meu que perdi no hospital visitando meu pai e me deparei com esse problema na delegacia que foi o mandado de prisão", contou.

O mandado de prisão pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte, foi expedido em agosto do ano passado. No entanto, o homem afirma que desconhece e diz ainda que tem ideia do que pode ter acontecido.

"Nesse tempo que esse mandado de prisão foi expedido, foi o prazo que eu estava trabalhando no Ministério do Trabalho e tenho como provar. Eu acho que foi por conta de um irmão meu que hoje é falecido e andou pegando meus documentos e aprontando por aí. Uma pessoa me disse que ele tinha pegado, como na época eu não tinha passagem pela polícia e ele já teve várias, sairia mais fácil da delegacia se caso fosse preso.

A Polícia Civil confirmou que Gilberto Abreu Costa, irmão de Gilcimar, foi preso várias vezes por diversos crimes. Mas ele morreu em 2008. Apesar do bom relacionamento com o irmão, o suspeito afirma que caiu em uma roubada.

Mesmo alegando não ter nada a ver com o latrocínio, Gilcimar  foi levado para o Centro de Triagem de Viana. Como é um mandado de prisão sendo cumprido, ele não passa por audiência de custódia. Cabe ao advogado conseguir provar a inocência dele. 
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