Polícia

Equipamento de academia é confundido com arma e jovem acaba baleado por policiais em Cariacica

Ele passava de moto pela rua quando foi surpreendido pelos policiais

Um serralheiro de 27 anos foi baleado por engano por policiais no bairro Castelo Branco, em Cariacica. A vítima estava com parte de um equipamento de academia, que avia acabado de consertar, que foi confundido com uma escopeta. Tudo aconteceu na noite da última segunda-feira (21). Ele foi ferido de raspão nas costas e nas pernas.

“Veio uma viatura que ia bater de frente comigo e eu parei a moto. Quando eu parei eles já sacaram as armas e começaram a atirar de dentro do carro mesmo. A viatura está toda perfurada”, contou a vítima.

Segundo o comandante da 5ª Companhia, os policiais davam apoio a dois outros militares que minutos antes haviam trocado tiros com dois bandidos, que também estariam em uma moto. O equipamento que o serralheiro carregava foi confundido com uma escopeta. Segundo o serralheiro, os militares não teriam dado voz de parada. Ele só percebeu a presença dos policiais quando começou a ouvir os tiros.

“Eles não pediram para parar. A única reação que tiveram foi atirar em mim. Eu joguei a moto para o lado e pulei para trás. Quando eu levantei para ver eu recebi mais tiros. Eu comecei a rolar outra vez e pedi para parar, até que por um milagre de Deus eles pararam. Eu tentei explicar a situação, disse que era uma peça de academia. Eles foram para cima da moto e entenderam a situação”, afirmou o jovem.

A moto que o serralheiro pilotava foi atingida com três disparos, mas moradores afirmam ter ouvido pelo menos 10 tiros. “Foi igual uma panela de pipoca. Estourou tudo de uma vez. Foram muitos tiros”, disse uma moradora aposentada.

De acordo com o comandante, os soldados envolvidos são os mesmos que na última sexta-feira (18) teriam sido recebidos a tiros por bandidos no bairro Padre Gabriel, também em Cariacica. Ele ressaltou que uma investigação foi aberta e os militares foram afastados.

“Os fatos estão sendo investigados, ainda não podemos afirmar a maneira que aconteceu enquanto as investigações não forem concluídas. Mesmo que possa ter sido equipamento de academia, era noite e a visibilidade do local não dá condição para pessoas poderem verificar se o equipamento seja um cano de uma arma de fogo ou realmente apenas um cano”, explicou o capitão Elias Oliveira de Jesus.

O serralheiro, apesar do susto, disse que tem sorte de estar vivo e poder conhecer o primeiro filho que já está chegando. “Por pouco eu não ia nem ver o meu filho tudo que eu estava planejando seria interrompido”, destacou o serralheiro.

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