Polícia

Investigador da polícia é preso acusado de tentar assassinar a mulher em Cariacica

Na época do crime ele atuava como deputado estadual. Ele teria usado o carro da Assembleia para ir atrás da mulher

O investigador da Polícia Civil e ex-deputado estadual Elson de Oliveira Batista, conhecido como Cabo Elson, foi preso na última quinta-feira (11) por tentativa de homicídio. O crime teria sido contra a própria mulher do acusado.

De acordo com a polícia, a prisão foi em cumprimento de mandado expedido pela 4ª Vara Criminal de Cariacica. Ele vai cumprir a prisão regime semiaberto, por determinação da Justiça, no presídio da Polícia Civil, em Vila Velha.

Segundo o processo no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES), o caso aconteceu no dia 28 de outubro de 2006, por volta de 20h30, no bairro Bela Aurora, em Cariacica. Ele teria efetuando diversos disparos de arma de fogo contra a mulher.

A vítima estava trabalhando em uma locadora de vídeos quando recebeu o telefonema do marido, momentos antes do crime, para saber quando ela iria para casa. Após a conversa, o Cabo Elson foi ao local onde a vítima estava usando o carro da Assembleia Legislativa, já que na época ele era deputado.

No processo consta que exigiu que a vítima entrasse no carro, mas ela disse que não poderia deixar o trabalho. Insatisfeito, ele teria a agarrado pelos cabelos forçando para que entrasse no carro. A vítima começou a gritar e o acusado a ameaçou e fugiu do local.

Pouco tempo depois, ele retornou à locadora e esperou pela mulher. Uma testemunha viu que ele estava armado e gritou para a vítima fugir. A mulher correu e ele efetuou diversos disparos contra ela, que conseguiu pegar um táxi e ir para uma delegacia.

Outros processos

Em 2016, Cabo Elson foi acusado de contratar funcionários fantasmas. O caso tramitava na Justiça há mais de dez anos, mas ele teve que responder por nomear vários servidores para trabalhar no gabinete, em 2003, que recebiam os salários, mas não iam à Assembleia Legislativa (Ales).

Na época, de acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o ex-deputado deveria ser condenado por improbidade administrativa, crime cometido por agentes públicos, como é o caso de políticos. Para fazer a denúncia o Ministério ouviu depoimentos de testemunhas e gravações telefônicas que, segundo o órgão, não deixaram dúvidas sobre a fraude. Em 2014, o policial civil foi condenado a pagar multa por fazer campanha eleitoral antecipada nas redes sociais.

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