Polícia

Justiça decide manter presos policiais flagrados com mais de 300 kg de maconha na Serra

A audiência de custódia dos policiais civis Paulo Augusto Xavier Costa e Fábio Barros Kiefer e do policial militar Johnny Cau Pereira foi realizada nesta quinta-feira

A Justiça decidiu manter presos os três policiais detidos em flagrante com mais de 300 quilos de maconha, na última terça-feira (08), na Serra. A audiência de custódia dos policiais civis Paulo Augusto Xavier Costa e Fábio Barros Kiefer e do policial militar Johnny Cau Pereira, além de outros três suspeitos, foi realizada na tarde desta quinta-feira (10), no Complexo Penitenciário de Viana.

Desde o flagrante, Johnny permaneceu detido no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar, em Maruípe, Vitoria. Já os policiais civis ficaram em um anexo da Delegacia de Novo México, em Vila Velha. Com a decisão desta quinta-feira, proferida pela juíza Raquel Valinho, os policiais permanecerão nas unidades prisionais.

Os três policiais foram presos, com outros três suspeitos, transportando aproximadamente 350 quilos de maconha, distribuídos em 331 tabletes. Os suspeitos estavam em três carros: um Ford Ka prata, que transportava a droga, um Gol prata e um Corsa branco, que realizavam a escolta do material.

A Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten), responsável pela prisão dos envolvidos, investigava uma rota de tráfico internacional de drogas. Segundo as investigações, o entorpecente saía do Paraguai, seguia pelo interior de Minas Gerais e Bahia e chegava no Espírito Santo, mais especificamente na SerraCarlos Eduardo Jesus Pereira, conhecido como "Paulista", um dos presos na operação da Deten, foi apontado como o chefe da organização criminosa.

Os policiais presos afirmaram que estavam no local apreendendo as drogas e conduzindo os suspeitos para a delegacia. No entanto, de acordo com a Corregedoria da Polícia Civil, eles não tinham atribuição para investigar tráfico de drogas.

"Esses policiais disseram que tinham recebido, também, informação à respeito do fato, mas os superiores não tinham conhecimento. Portanto, eles não tinham autonomia de trabalho sem comunicar ao superior ou ao Ciodes, que funciona 24 horas. Se eles estavam em ação, deveriam ter comunicado o fato", disse a corregedora da Polícia Civil, Fabiana Maioral.

Os policiais estão há mais de 20 anos na polícia. Um deles atuava na Delegacia de Crimes Contra à Vida de Vila Velha e o outro na Divisão de Promoção Social. Já o militar, está na PM desde 2011 como soldado do 7º Batalhão em Cariacica. Se comprovado o envolvimento deles com o crime, eles podem ser expulsos da corporação.

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