Polícia

Sem algemas, Hilário sai da cadeia para ir ao dentista em Vitória

O acusado de mandar matar a médica Milena Gottardi deixou a delegacia na manhã desta segunda-feira para ser submetido a uma consulta odontológica.

Acusado de ser o mandante do assassinato da ex-esposa, a médica Milena Gottardi, o policial civil Hilário Antônio Fiorotti Frasson, saiu do 19º Distrito Policial de Novo México, no município Vila Velha, na manhã desta segunda-feira (30), para ir ao dentista, na Praia da Canto, em Vitória

Sem algemas, Hilário voltou à delegacia por volta de 11 horas, em uma viatura descaracterizada da Polícia Civil (PC). Os policiais estacionaram o veículo do lado de fora e ele entrou pela porta da frente. 

De tênis, calça jeans e camisa de marca, o policial chegou ao local pouco depois das 9h da manhã. A consulta durou cerca de uma hora e quatro policiais civis acompanharam o acusado durante o atendimento. Funcionários não foram autorizados a informar que tipo de procedimento foi realizado.

Hilário retornou à delegacia às 11 horas. O veículo descaracterizado parou em frente à unidade. Ele entrou caminhando sozinho, pela porta da frente, com uma caixinha de isopor nas mãos. 

A equipe da TV Vitória/ Record TV tentou conversar com Hilário, mas ele não quis gravar entrevista. 

Confira o vídeo da chegada dele:

Inquérito

O inquérito da Polícia Civil (PC) foi concluído no dia 18 de outubro e, em seguida foi encaminhado para o MPES, onde foi analisado por quatro promotores. Conforme os autos do inquérito policial, no dia 14 de setembro, por volta das 19 horas, no estacionamento do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hospital das Clínicas), Dionathas, a mando de Hilário e Esperidião e com a participação de Valcir, Hermenegildo e Bruno, efetuou disparos de arma de fogo contra Milena, que morreu no dia seguinte.

Segundo os autos, Hilário era casado com a vítima há 13 anos e passou a apresentar um comportamento agressivo e obsessivo para com a médica, o que levou ao fim da relação conjugal. O fato não foi aceito por ele e pelo sogro da vítima, Esperidião, que tomou a separação como uma ofensa à família. Dessa forma, segundo as investigações, ambos decidiram matar a médica e, com o auxílio de Valcir e Hermenegildo, contrataram Dionathas, pelo valor de R$ 2 mil, para cometer o crime. De acordo com a polícia, Bruno foi quem repassou a Dionathas a motocicleta usada na execução do crime.

Ainda segundo as investigações, no dia e hora do assassinato, Valcir e Hermenegildo foram ao hospital e entregaram a Dionathas a arma utilizada para efetuar os disparos. Por volta das 18 horas, Hilário teria telefonado para a vítima para se certificar de que ela estava no local e o horário que sairia de lá. Em seguida, telefonou para Esperidião, que repassou as informações para Valcir, de modo a concretizar a prática do homicídio.

Quando a vítima deixou o hospital e se aproximou do veículo com outra médica, no estacionamento, Dionathas anunciou um assalto, determinando que ambas entregassem os pertences. Sem que esboçassem reação, Dionathas efetuou disparos em regiões letais exclusivamente contra Milena, fugindo do local, em seguida, numa motocicleta.

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