Polícia

Após greve da PM, mais três policiais são expulsos da corporação

As novas expulsões foram publicadas no Boletim Geral da Polícia Militar desta sexta. Dois deles foram excluídos por envolvimento na paralisação de fevereiro

Mais três policiais militares foram expulsos da corporação, dois deles em decorrência da greve da PM, ocorrida em fevereiro deste ano. As novas expulsões foram publicadas no Boletim Geral da Polícia Militar desta sexta-feira (10).

Foram excluídos o cabo Marcos Domingos dos Santos, a terceira sargento Michelle Ferri e o também cabo Danilo Pesca, todos por indisciplina. Com isso, chega a dez o número de militares expulsos da PM desde o fim da greve da corporação, sendo nove por envolvimento com a paralisação.

De acordo com o boletim geral, a sargento Michelle e o cabo Danilo foram condenados por atos contra a honra e o decoro da corporação, durante a greve. Os dois policiais foram julgados por um conselho de disciplina, instaurado em março. 

De acordo com o processo, a sargento e o cabo permaneceram no interior da sede da extinta Rotam durante todo o período de paralisação da Polícia Militar e só saíram do local no dia 24 de fevereiro, quando a greve terminou.

No processo, os policiais alegaram que compareceram ao batalhão para assumir o serviço, mas foram impedidos de sair pelos manifestantes. No entanto, o argumento não foi aceito pelos membros do conselho. 

O cabo Danilo Pesca tinha 11 anos de corporação e estava lotado no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha. Já a terceira sargento Michelle Ferri era policial militar há 13 anos e foi a primeira mulher a se tornar comandante da Rotam. Depois da extinção do grupo especial, ela passou a atuar no 1º Batalhão, em Vitória.

"Lamentamos, porque existem profissionais ali muito experientes, muito gabaritados. Muitos desses policiais já foram homenageados na Polícia Militar. Então a gente recebe com tristeza [a notícia da exclusão dos policiais] e acreditamos que, dentro do devido processo legal, eles devem estar recorrendo dessa decisão junto à Justiça para tentar revertê-la", ressaltou o presidente da Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo, tenente-coronel Rogério Fernandes Lima.

Segundo informações da página da transparência do Governo do Estado, o cabo Danilo e a sargento Michelle foram afastados do trabalho por licença médica, em 25 de fevereiro, um dia depois do fim da greve. A licença do cabo terminou em outubro e a da sargento tinha previsão para acabar em dezembro. 

O boletim geral também traz informações sobre a exclusão do cabo Marcos Domingos dos Santos. Ele foi expulso após ser considerado culpado em um processo aberto contra ele em 2016.



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