Polícia

Mulher é presa em Cariacica suspeita de usar documentos falsos para fazer compras

Juliana Santos Casarotto da Silva já havia sido presa em abril, após a polícia descobrir que ela matinha uma farmácia clandestina em Guarapari

Uma mulher foi presa na manhã desta quarta-feira (01), em Campo Grande, Cariacica, suspeita de utilizar documentos falsos para realizar o financiamento de veículos e compras diversas. Segundo a polícia, Juliana Santos Casarotto da Silva se aproveitava da boa aparência para enganar as pessoas e cometer os crimes.

Em seis meses, foi a segunda vez que a mulher foi parar na cadeia. No último dia 18 de abril, ela foi presa em flagrante por manter uma farmácia clandestina, no bairro Village do Sol, em Guarapari, utilizando CNPJ falso. No entanto, a suspeita foi liberada no dia seguinte, por decisão judicial, e voltou aos crimes.

O mais recente chegou ao conhecimento da Polícia Civil em julho deste ano, quando uma jovem descobriu que estava devendo parcelas de duas motos que ela nunca havia comprado.

"Com a compra dessas motocicletas e o não pagamento, o nome da vítima foi incluído no SPC e, a partir daí, ela buscou saber o motivo, foi até essas empresas e viu toda a documentação, viu os documentos dela com a fotografia da Juliana, a reconheceu e nos procurou para denunciar", contou a titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), delegada Rhaiana Bremenkamp.

Além disso, segundo as investigações, Juliana usou os dados da esposa de um juiz para comprar um equipamento luxuoso, para fazer sauna e hidromassagem, avaliado em mais de R$ 10 mil.

Investigações

As investigações da Defa duraram cerca de três meses, mas Juliana havia sumido do mapa. No entanto, nesta quarta-feira os policiais chegaram ao novo endereço da suspeita, em Campo Grande, por meio de uma denúncia anônima. 

Ao perceber a chegada da polícia, Juliana ainda tentou se esconder, se trancando dentro do banheiro, mas os policiais a encontraram e prenderam. Ela foi conduzida para o Centro de Triagem de Viana. 

A suspeita agora responde por cinco crimes: estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e financiamento fraudulento.

As investigações apontam que o marido de Juliana também estava envolvido nos golpes. Warlen Luiz Cazaroto da Silva cumpria pena por outros crimes em regime semi-aberto. 

Segundo o inquérito, foi ele quem negociou a compra das motos. Warlen foi transferido para o regime fechado e responde pelos mesmos crimes da esposa. 

"A gente acredita que pode haver mais vítimas que até já estão com os documentos da falsária. Então se reconhecerem a fotografia dela, procurem a delegacia, registrem a ocorrência, que a gente vai encaminhar para a Justiça", ressaltou a delegada.



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