Câmara de Anchieta aprova corte de vale-alimentação dos servidores do município

Vereadores governistas de Anchieta conseguiram colocar em pauta e aprovar o texto de autoria do Poder Executivo que tira dos cerca de 600 servidores, o vale-alimentação, que custa aos cofres do município, aproximadamente R$ 300 mil. Em discurso, o vereador Beto Caliman (DEM) disse que a prefeitura vai fechar no azul e por isso, não teria motivo para cortar o benefício dos “menos favorecidos”. Além de Beto, votaram contra o corte os vereadores Alexandre Assad (PRB), Professor Robinho (Avante) e Geovane Menguelle (PSD). Votaram pela exclusão do vale, Renato Lorencini (PSB), Serginho (PSD), Tereza Mezadri (PV), Richard Costa (PPL) e Cleber Pombo (PPL). O presidente Tassio Brunoro (PMDB) se absteve de votar.

Prefeitura enfrenta crise
Por sua vez, a prefeitura de Anchieta alega que a economia do município enfrenta uma de suas piores crises, com 25% de taxa de desemprego. Um dos motivos que levou o Poder Executivo a cortar o vale-alimentação, seria a paralisação da Samarco, que já dura dois anos. As operações da mineradora rendem aos cofres de Anchieta, anualmente, R$ 30 milhões só em ISS. Mas, atualmente, sem operar, esse tributo significou menos de R$ 5 milhões ao município, este ano. Aliás, são esperados mais cortes para tentar equilibrar a economia municipal, como demissões.

Corte da bancada estadual
O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) quer reduzir o número de deputados estaduais dos atuais 30 para apenas 15. O objetivo, segundo o parlamentar, é cortar também pela metade os gastos do Poder Legislativo. Para isto, Enivaldo apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), nessa terça-feira (12) na Assembleia Legislativa (Ales). A iniciativa teve o apoio imediato dos deputados Dary Pagung (PRP), Marcelo Santos (PMDB), Amaro Neto (SD), José Esmeraldo (PMDB), Pastor Mansur (PSDB), Bruno Lamas (PSB), Euclério Sampaio (PDT), Dr. Hudson Leal (PTN) e Raquel Lessa (SD).

Suspeita de desvio para campanha
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou que a 26ª Zona Eleitoral da Serra envie ao Ministério Público Federal (MPF), cópias dos contratos e termos aditivos celebrados entre o município e empresas entre os anos de 2009 e 2010. Nesse período a Serra estava sob o comando do atual deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). Segundo o pedido do MPF, há suspeita de prática de falsidade eleitoral e de financiamento irregular de campanha com recursos desviados dos cofres do município. Os supostos crimes estariam relacionados à candidatura de Sueli Vidigal à reeleição para o mandato de Deputada Federal no pleito de 2010. Além de enviar os documentos para o MPF, a Polícia Federal também deve receber cópias para detectar eventuais ilegalidades nas licitações e contratos.

Vidigal diz que não houve irregularidades
O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) informou que as cópias solicitadas pelo Ministério Público Federal (MPF) “provarão que não ocorreu nenhuma irregularidade na administração, muito menos qualquer violação às regras eleitorais”. Vidigal segue dizendo que “após a análise da documentação que será apresentada, espera-se que o próprio Ministério Público requeira arquivamento do inquérito”.

Partida para 2018
O PMDB capixaba e a Fundação Ulysses Guimarães (FUG) vão debater “O Brasil que nós queremos. O Espírito Santo que desejamos”, a conjuntura econômica e política, dando partida para o processo eleitoral do ano que vem. O presidente estadual do partido e líder da Maioria na Câmara, deputado federal Lelo Coimbra, fará a abertura do evento.

Palestrantes 
Os cientistas políticos Paulo Kramer e Paulo Baía vão falar sobre “2018: A grande incógnita é o eleitor”. Já a palestra do governador Paulo Hartung (PMDB) terá como tema “O Brasil precisa mudar!”. O evento, na quinta-feira (14), das 9h às 13h, em Vitória, também terá a participação do ministro de Desenvolvimento Social, Osmar Terra, que vai falar sobre os programas sociais desenvolvidos pela pasta.

CMS devolve R$ 1,8 mi à prefeitura
A Câmara Municipal da Serra devolveu à prefeitura, nesta quarta-feira (13), R$ 1 milhão, e até 31 de dezembro, mais R$ 800 mil serão devolvidos ao Poder Executivo. O montante, de acordo com o prefeito Audifax Barcelos (REDE), será usado para o pagamento do abono natalino no valor de R$ 200 aos 9.060 servidores da prefeitura. O abono, que inicialmente era de R$ 100, foi dobrado, graças à devolução feita pela Câmara. “Pela primeira vez, nos últimos anos, está se fazendo essa devolução antes do fim de dezembro. Quando há organização, tudo tende a dar certo”, comemorou Audifax.

Três anos de economia
Ainda sobre a devolução de R$ 1,8 milhão ao Poder Executivo, a presidente da Câmara da Serra, Neidia Pimentel, lembrou o trabalho realizado pelos parlamentares ao longo do ano para que esta reserva fosse feita. Nos últimos três anos, destacou Neidia, o valor devolvido ao Executivo foi de R$ 6,5 milhões. “Temos nos esforçado ao máximo. Trabalhamos com o princípio da economicidade, abolindo alguns gastos e aplicando as reservas”, disse.