Deputado chama colega pra briga, vídeo de indiretas e mágoa por sessão solene

Plenário da Ales Crédito: Lucas Silva Costa/Ales

Sessão agitada

A sessão da Assembleia nesta segunda-feira (18) foi agitada. Começou com o deputado Hudson Leal denunciando que foi ameaçado por uma pessoa ligada a uma cooperativa. Ele passou, na sessão, o áudio da suposta ameaça e pediu providências da Casa. O presidente, Erick Musso, disse que enviaria um ofício à Secretaria Estadual da Segurança pedindo providências e escolta para o deputado.

Te pego lá no gabinete!

Logo depois o deputado Capitão Assumção chamou o colega Dary Pagung para o pau. Isso porque, minutos antes, Assumção, que estava na sessão virtual, colocou um cartaz escrito: “Espírito Santo está abandonado. Mais de 20 assassinatos em um único final de semana. E aí Casão?” e Dary, que é o líder do governo, pediu ao presidente que Assumção retirasse o cartaz. Dary alegou que ele não poderia culpar o governador pelos crimes, no que Assumção rebateu: “Vem aqui, se você for homem, tirar esse cartaz”. Erick negou o pedido de Dary, afirmando que não tinha embasamento jurídico e seria atentar contra a liberdade de expressão.

Violência gera violência

A turma do “deixa disso” entrou em ação argumentando que não cabia censurar um deputado e nem um deputado chamar um colega para o confronto. Outros também disseram que o exemplo dos deputados acaba sendo copiado lá fora, ou seja, não dá pra reclamar da violência na rua se dentro da Ales quer resolver os conflitos na briga.

Virou palanque?

A maior parte dos discursos na sessão da Ales foi pautada na questão da criminalidade e da segurança pública, principalmente citando os crimes dos irmãos assassinados em Conceição da Barra e da chacina em Vila Velha. Os discursos eram revezados por quem culpava o governo e por quem o defendia.

Em 280 caracteres

Para dar uma resposta rápida à sociedade sobre as ações da segurança pública, o governador não perdeu tempo: assim que os assassinos das crianças e da chacina foram presos ele tuitou em seu perfil. A sessão da Ales ainda ocorria quando o autor da chacina foi preso.

“Sapato alto”

Reprodução Instagram

No domingo (17), o prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini gravou vídeo falando sobre a inauguração da Casa Rosa – um espaço que vai reunir diversos serviços para as mulheres – e também citou a criminalidade no Estado, da força-tarefa da Polícia Federal na área da segurança e pediu para que autoridades abandonem “a vaidade, a soberba e o sapato alto” e aceitem ajuda.

Indiretas

Embora não tenha citado nomes, o recado é direcionado ao governo do Estado. Mais cedo, no domingo, o governo lançou a praça do Portal do Príncipe. A Prefeitura de Vitória foi convidada mas nem o prefeito e nem nenhum representante compareceram ao evento.

Diretas

Já na sessão da Câmara de Vitória, as vereadores Camila Valadão e Karla Coser cobraram a prefeitura por não ter inscrito projetos de Educação para receber recursos do Fundo Estadual Funpaes. Serra, Vila Velha e Cariacica se inscreveram e vão receber R$ 10 milhões cada.

Magoado

O deputado e médico Dr. Hércules Silveira disse sentir tristeza por não participar da sessão solene em homenagem aos médicos, que acontece na Ales todos os anos. Ele não disse o motivo, mas a eterna rixa com o deputado Hudson Leal, também médico e proponente da sessão, pode estar por trás.