Pazolini entrega documentos de possíveis crimes à Polícia Federal

Polícia Federal

A Polícia Federal confirmou, na tarde desta terça-feira (17), que o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, esteve na sede da PF, com o superintendente Eugênio Ricas, e entregou documentos “contendo informações sobre a possível prática de crimes”. A entrega dos documentos ocorreu na manhã de segunda-feira (16).

“No encontro, foram tratados temas afetos à força-tarefa de Segurança Pública. Além disso, o prefeito entregou documentos contendo informações sobre a possível prática de crimes, os quais foram encaminhados à Corregedoria e carecem de checagem aprofundada, motivo pelo qual não serão objeto de comentários”.

No último sábado, durante a entrega de uma escola em Jardim Camburi, o prefeito disse ter participado de uma reunião num palácio no centro da cidade com nome de uma autoridade católica (Palácio Anchieta) e que uma determinada autoridade teria dito que iria investir na capital com diversas obras, mas que a licitação para as obras a serem executadas já tinha ganhador. No discurso, Pazolini disse que tinha como provar o que estava denunciando, mas no evento e nem depois apresentou as provas.

O vídeo com as falas do prefeito chegou ao governo do Estado e, no mesmo dia, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) entrou com uma representação no Ministério Público do Estado (MP-ES) para que o prefeito informe a quem estava se referindo – já que ele não deu nomes – e que apresente provas. Em nota, o MP-ES informou que a representação estava em análise.

A coluna questionou à Polícia Federal o motivo do material entregue pelo prefeito ter ido para a Corregedoria e se haveria algum membro da Corporação citado nos documentos, a PF informou que é de praxe, uma vez que cabe à Corregedoria fazer a análise do material para saber se é função da Polícia Federal apurar e, em caso positivo, qual equipe que fará a apuração.

A coluna também questionou qual o prazo para a análise do material e que tipo de material foi entregue. A Polícia Federal informou que não há um prazo fixo, que depende do material e que não iria comentar sobre o conteúdo que foi entregue. Pazolini também foi questionado, mas até o momento não se manifestou.