Política

Em reunião na Assembleia, associações policiais 'repudiam' reajuste proposto pelo governo

Servidores são contra aumento de 4% proposto pelo governo e já marcaram nova rodada de negociações para a próxima quinta (13)

Foto: Lucas Silva/Ales

Representantes das categorias de policiais civis e militares, bombeiros e agente de segurança pública que integram a Frente Unificada de Valorização Salarial, participaram de uma reunião da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), nesta segunda-feira (10).

A reunião foi convocada para debater a proposta do governo do Espírito Santo de reajuste e reposição salarial, apresentada a categoria na última semana. Segundo o presidente da Associação dos Investigadores de polícia Civil do Espírito Santo (Assinpol), Júnior Fialho,  na última reunião entre as partes, o governo do Estado propôs  4% de reajuste salarial para julho deste ano, além de 2021 e 2022. A proposta foi recusada pelos representantes da categoria que participaram da reunião da Comissão de Segurança.

A reunião, presidida pelo deputado Danilo Bahiense (PSL), teve falas inflamadas de representantes das categorias e de parlamentares sobre a reivindicação dos agentes de segurança pública por reajuste salarial.

O presidente  da Assinpol citou a promessa de campanha de valorização salarial das polícias, do governador Renato Casagrande (PSB). "Eu votei no Renato. Acredito que a maioria da categoria que está aqui tenha votado nele. Ele prometeu valorização salarial para as polícias", disse Júnior Fialho. 

O líder do governo na Ales, deputado Eustáquio de Freitas (PSB), informou que uma nova reunião entre as partes está marcada para a próxima quinta-feira (13), para a retomada da discussão e apresentação da contraproposta da categoria. O presidente da Comissão de Segurança, deputado Danilo Bahiense repudiou o fato de não ter sido convidado para a reunião de quinta-feira. 

O governo do Estado informou, por meio de sua assessoria, que a proposta de reajuste apresentada  contempla policiais militares, civis, bombeiros, inspetores penitenciários e agentes socioeducativos. No acumulado, representa aproximadamente 30%, até dezembro de 2022, incorporando o reajuste de 3,5% concedido em dezembro de 2019.

Para militares de patentes que vão de soldado até 1º tenente (soldados, cabos, sargentos, subtenentes e tenentes), o governo informou que propõe ainda a incorporação de escala especial que acrescerá à tabela remuneratória, mais 5,11%.

Portanto, de soldado a 1º tenente, o reajuste acumulado, segundo o governo, até 2022 será de aproximadamente 35%.


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