Política

Caiado pedirá à Justiça proteção para manifestantes

Redação Folha Vitória

Brasília - O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que vai pedir proteção às manifestações do próximo domingo, dia 15, para evitar confrontos com militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que, nas palavras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, formariam o "exército do Stédille". Um ofício foi encaminhado ao Ministério da Justiça pedindo que todas as forças de segurança nacionais estejam prontas para evitar conflitos entre manifestantes e os movimentos sociais ligados ao governo.

"Exigimos garantias ao Ministério da Justiça contra o MST, esse 'Exército de Lula' financiado com dinheiro público. Não vai ser na base do medo que eles vão impedir que as pessoas demonstrem o sentimento de indignação por terem sido chamadas para pagar a dívida do estelionato eleitoral e da corrupção no governo que não é delas", afirmou Caiado, da tribuna do Senado.

Ele associou as ações do MST com as milícias existentes na Venezuela, que agem acima da lei contra opositores do governo local. Na última quarta-feira, um protesto do MST levou a três mortes em Sergipe por causa de um acidente provocado pela pista bloqueada, lembrou Caiado. Ele disse que o fato motivador para os atos de violência foi uma incitação do ex-presidente Lula chamando "o exército do Stédile" para a guerra contra os opositores do governo.

"O MST pode praticar toda truculência, violência, mortes e nada acontece, como se estivessem fora de qualquer penalidade. Para os caminhoneiros que protestam têm Guarda Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Enquanto isso, o 'Exército do Lula' ameaça saquear todas as empresas no Brasil, como fizeram em Luziânia, e nada acontece? Eles estão isentos como os coletivos do governo venezuelano criados por Chávez e muito usados por Maduro", disse Caiado.

Já o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que tanto nesta sexta-feira (13) quanto no domingo (15), para quando estão marcadas manifestações, são datas que poderão entrar para o calendário histórico do País. "Coincidentemente, a sexta-feira 13 foi o dia do comício que deflagrou o processo de queda do Presidente João Goulart. Tem uma coincidência histórica, e eu não estou fazendo nenhuma analogia de um momento com outro", disse ele. Cunha Lima disse que está apreensivo. "Apreensão pessoal, apreensão política, porque estamos diante de um episódio em que tem algo a acontecer, e é perceptível isso. Nota-se, também, que o que está por acontecer não é algo bom e que é preciso, mais do que nunca, muita responsabilidade, extrema responsabilidade, patriotismo, serenidade e, ao mesmo tempo, firmeza para que a pactuação constitucional do País não seja rompida, não seja arranhada, não seja alterada."

Pontos moeda