Política

Arcelor diz na CPI que investe mais de US$ 100 milhões para conter pó preto na Grande Vitória

"Depois dos depoimentos dos representantes das empresas saberemos se será necessário o endurecimento da lei, podendo, inclusive, dificultar a concessão de licenças ambientais”, disse Favato

Representantes da ArcelorMittal falaram dos investimentos para controlar a emissão de poluentes Foto: Divulgação/Assembleia

Em depoimento à CPI do Pó Preto da Assembleia Legislativa, que investiga as emissões de partículas na atmosfera da Grande Vitória, a ArcelorMittal apresentou dados de investimentos que ultrapassam a casa dos US$ 100 milhões. A empresa foi representada pelo presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, pelo gerente geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal Brasil, Guilherme Correa Abreu, e o gerente de Meio Ambiente da ArcelorMittal Tubarão, João Bosco Reis da Silva.

A empresa demonstrou, através de números de investimento, que está empenhada em melhorar o controle ambiental com procedimentos e tecnologias. Segundo seus representantes, a ArcelorMittal investiu US$ 32 milhões recentemente na aquisição do Gas Cleaning Bag Filter, que é um sistema de filtro de mangas (equipamento de controle ambiental que promove a limpeza do gás por meio da retenção física das partículas).

Eles explicaram que a tecnologia do Gas Cleaning Bag Filter estará com seu funcionamento pleno em 36 meses.

Além da aquisição do equipamento, os representantes da empresa afirmaram que existe uma reforma em andamento, e que deverá ser finalizada ainda este ano, de três Precipitadores Eletrostáticos da Sinterização e do Sistema de Filtros de Mangas do Desenfornamento de Coque, que geraram um investimento em torno de US$ 100 milhões. Eles explicaram que o objetivo é reduzir as emissões e aprimorar os equipamentos de controle ambiental.

O controle na emissão de poluentes é realizado ainda pelos milhões de árvores e arbustos localizados no entorno da usina, segundo os representantes da empresa, que disseram também que cumprem o que determina a legislação ambiental vigente exige.

O presidente da CPI do Pó Preto, deputado Rafael Favatto (PEN), explicou que na próxima semana serão ouvidos os representantes da Vale e na semana seguinte os da Samarco.

A CPI está ouvindo as empresas e depois definirá que medidas serão tomadas. Depois desses depoimentos saberemos se será necessário o endurecimento da lei, podendo, inclusive, dificultar a concessão de licenças ambientais”, disse Favatto.

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