Política

Magno Malta e Ricardo Ferraço engrossam discursos favoráveis ao impeachment

O senador Magno Malta disse que o governo do PT promoveu a inclusão social, mas deu com uma mão e tirou com a outra. Malta também quer que Temer dê continuidade a programas sociais

Magno Malta fala durante sessão plenária para decidir sobre a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Dando como certo o resultado desfavorável à presidenta Dilma Rousseff na votação do Senado que analisa a admissibilidade do processo de impeachment contra ela, o senador Magno Malta (PR-ES), lamentou o momento político e disse que a ruptura “que acontecerá hoje a tarde” é triste, mas necessária.

Malta comparou o país com um doente diabético e febril que “há muito tempo precisa amputar a perna” para se salvar. “Este país febril vai ter restituída a sua saúde e sua energia. Amputemos a perna apodrecida para salvar o corpo e é preciso ter o tempo de cicatrização e recuperação”, disse, durante sua fala na tribuna.

Segundo o senador capixaba, o governo do PT promoveu a inclusão social, mas “deu com uma mão e tirou com outra”. Malta disse ainda que a administração Dilma é responsável por “dilacerar a economia do país”. O senador defendeu que o vice-presidente Michel Temer dê continuidade a programas como o Bolsa Família. “Temer, melhore o Bolsa Família e ponha uma porta de saída. Um bom programa social tem que ter duas portas.”

Outro capixaba, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), disse que eleições não conferem ao vencedor uma coroa, mas o compromisso de fazer “um governo decente e eficiente” que trabalha de acordo com a lei. Segundo o tucano, a governabilidade é construída dia a dia com atitudes. “Até as monarquias decorrem do compromisso para com a lei que a todos compromete. Numa República a lei vale para todos. O lado certo da história é a democracia.”

Encaminhamento

Ao todo, 68 senadores se inscreveram para falar na sessão de hoje. Cada um tem 15 minutos para sua manifestação. Não será permitida orientação da bancada pelos líderes e também não serão permitidos apartes. Para evitar que os senadores excedam o tempo de fala, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), advertiu os parlamentares que os microfones das duas tribunas serão automaticamente desligados ao final do tempo estipulado. 

Caso Renan não interrompa a sessão, a expectativa é que a votação do relatório da Comissão Especial do Impeachment no plenário ocorra de madrugada, por volta das 3h.

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