Paralisação dos caminhoneiros

Política

Governador afirma que serviços funcionam normalmente e faz apelo a caminhoneiros

'O movimento tem justificativa, mas não precisa evoluir na direção de penalizar o conjunto da população' disse Paulo Hartung

Após o quarto dia consecutivo de paralisação de caminhoneiros e bloqueios nas rodovias do Espírito Santo, o governador Paulo Hartung afirmou que, até a tarde desta quinta-feira (24), os serviços do Estado funcionam dentro da normalidade.

Nesta sexta-feira (25), o secretário de Estado da Fazenda, Bruno Funchal participará de uma reunião em Brasília com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e com outros secretários estaduais da Fazenda. Durante a o encontro, Funchal segue com procuração assinada por Hartung para defender essa posição do governo do Espírito Santo, que é a de que precisa diminuir a carga tributária em cima do diesel.

O governador ainda afirmou que considera legítimo o movimento da categoria, mas fez um pedido para que os caminhoneiros não tencionem a situação para níveis que prejudiquem a população.

“Quero fazer um apelo aos motoristas. O movimento tem justificativa, mas não precisa evoluir na direção de penalizar o conjunto da população. Precisamos que nossos hospitais funcionem, que a população tenha acesso aos alimentos, que o transporte coletivo funcione e não falte combustível para a realização dos serviços essenciais como funcionamento de viaturas, ambulâncias e abastecimentos essenciais como oxigênio nos hospitais, por exemplo. Estou me referindo a questões essenciais. Precisamos que um movimento como este não prejudique a população”, apelou o governador.

Paulo Hartung ainda lamentou que alguns segmentos empresariais estejam tirando proveito da greve dos motoristas para aumentar os preços dos produtos. O governador informou que o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) está atuando, em parceria com os municípios, para identificar e notificar os comerciantes oportunistas.

Em coletiva de imprensa, o governador fez um breve histórico dos reajustes de impostos cobrados sob os combustíveis nos últimos anos em todo país e destacou que, mesmo com a União e demais Estados tendo aumentado a alíquota de impostos, o Espírito Santo não realizou reajustes e tem, atualmente, a menor tributação do país sobre o óleo diesel.

“O Espírito Santo não foi na direção do Governo Federal e dos demais Estados. Fizemos uma austeridade fiscal focada na redução dos gastos próprios e não com aumento de tributos. Não fomos pelo caminho mais fácil de aumentos de impostos. Na minha opinião esse movimento tem razão e a carga tributária sobre o diesel não é sustentável e tem que mudar, tem que reduzir para baixar o valor final do diesel nos postos de gasolina”, analisou.

Pontos moeda