Testes para as eleições são realizados no Espírito Santo
Além do Estado, também serão realizados testes em Pernambuco e Amazonas. De 6 a 8 de agosto, cada TRE fará, separadamente, um simulado de uma eleição completa
O Espírito Santo está entre os três estados nos quais serão realizados testes para as eleições deste ano. O Teste em Campo Regional, para averiguar as funcionalidades dos componentes dos sistemas eleitorais (softwares e hardwares), teve início na última segunda-feira (21), e será concluído na próxima sexta-feira (25).
Além do Estado, também serão realizados testes em Pernambuco e Amazonas, sendo que cada estado abrangerá nove Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Os testes contarão, também, com equipes do Tribunal Superior Eleitoral.
Paralelamente a este teste, haverá outros, como o que ocorrerá no dia 24 de julho, relativo a uma eleição simulada com biometria no município de Iranduba (AM), com foco na infraestrutura de transmissão de dados. Os testes seguem o calendário definido no Plano Geral de Trabalho dos Testes em Campo e Simulados da Justiça Eleitoral (PGT), aprovado pelo Tribunal.
De 6 a 8 de agosto, cada TRE fará, separadamente, um simulado de uma eleição completa (votação, apuração e totalização dos votos). Emitirá inclusive boletins de urna fictícios, enviando os dados para o TSE. Os simulados são um ensaio para verificar a qualidade dos sistemas e se eles têm necessidades de ajustes, para que funcionem perfeitamente no dia da eleição.
Testes permanentes
Os sistemas eleitorais passam por diversos testes durante todo o ano, seja ano de eleição ou não. O coordenador de Sistemas Eleitorais da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do TSE, José de Melo Cruz, informa que sempre que uma nova versão de software para determinada parte do sistema eleitoral é desenvolvida pela STI, ela é exaustivamente testada pela Fábrica de Testes (Fates/STI).
Há diversos níveis de teste planejados e executados nos sistemas eleitorais informatizados, com escopos e objetivos distintos. O conjunto de testes engloba testes unitários, testes de integração entre os diversos sistemas eleitorais, testes específicos conduzidos na Fates/STI e testes conduzidos pelos usuários finais dos sistemas. Esses últimos são os mais críticos no processo, pois implicam a homologação dos sistemas e, portanto, sua garantia de qualidade, conformidade e eficácia. Os testes conduzidos pelos usuários finais compreendem Simulados e Testes em Campo.
“Os testes têm como meta a homologação conjunta dos sistemas pelas equipes técnicas do TSE e dos TREs. A ideia é garantir o perfeito funcionamento dos sistemas eleitorais no dia da eleição. Por isso, todos os sistemas são constantemente testados, avaliados e aperfeiçoados”, destaca o coordenador.
José de Melo lembra que o desenvolvimento dos sistemas é de total responsabilidade do TSE e que o ciclo de testes é contínuo, sendo reiniciado logo após o fim de uma eleição, visando ao pleito seguinte.
“Imediatamente ao final de uma eleição, realizamos uma reunião de avaliação, para discutir problemas pontuais que tenham ocorrido, e para iniciar o planejamento para a próxima eleição”, informa.
Segundo ele, o foco dos testes nos sistemas desloca-se, conforme avança o calendário e o processo eleitoral, para fases específicas, como cadastramento de eleitores, candidaturas, carga de urnas, preparação e totalização dos votos, prestação de contas eleitorais, etc.
Fábrica de testes
Em 2008, a Secretária de Tecnologia da Informação criou a Fábrica de Testes (Fates), seção que realiza de forma constante testes nos sistemas e tem como atribuição planejar, gerenciar, realizar, avaliar e melhorar as atividades de testes de softwares críticos do TSE. Além da Fábrica de Testes (Fates), a Coordenadoria possui ainda outras quatro seções para desenvolvimento de sistemas e seus componentes. São elas: Seção de Processamento de Eleições 1 (Sepel 1), Seção de Cadastro de Eleitores (Secad), Seção de Voto Informatizado (Sevin) e Seção de Processamento de Eleições 2 (Sepel 2).