Política

Campanha está começando a embalar agora, diz Alckmin

Redação Folha Vitória

Ao comentar o desempenho nas pesquisas de intenção de voto para presidente, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, se disse "otimista" nesta terça-feira, 21, e afirmou que a campanha "está começado a embalar agora". O tucano está em quarto lugar na pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, divulgada nesta segunda-feira, 20.

"Vamos para o segundo turno, e estando no segundo turno, a chance de ganhar é muito grande. Estamos muito otimistas. A campanha nem começou ainda, agora está começando a embalar. Tem pessoas que se impressionam com pesquisa. É preciso acreditar na campanha. É agora que o povo vai começar a definir seu voto", afirmou Alckmin a jornalistas. Ele citou a situação no Tocantins, que passou por eleições recentes em que o vencedor não era líder das pesquisas.

O levantamento do Ibope mostrou que no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - preso pela Lava Lato e ainda na dependência de posicionamento da Justiça Eleitoral sobre sua candidatura -, Jair Bolsonaro (PSL) tem 20% das intenções de voto e aparece em primeiro lugar. Depois vêm Marina Silva (Rede), com 12%, e Ciro Gomes (PDT), com 9%. O tucano está em quarto, com 7%, à frente de Fernando Haddad (PT), que tem 4%.

Na pergunta em que Lula é incluído, ele também figura numericamente em quarto lugar: 37% dos entrevistados disseram votar no ex-presidente, 18% em Bolsonaro, e 6% em Marina. Alckmin e Ciro aparecem empatados com o porcentual de 5%. O ex-governador é o terceiro em índice de rejeição (25%), atrás de Bolsonaro (37%) e Lula (30%). A pesquisa tem margem de erro de dois pontos porcentuais. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-01665/2018.

Alckmin rechaçou ainda a fala do oponente Fernando Haddad, candidato a vice-presidente pelo PT, de que o governo Michel Temer é uma "bola de ferro" para a candidatura tucana. O tucano disse que o candidato de Temer é Henrique Meirelles (MDB), e não ele.

O tucano se intitulou o "candidato para fazer o Brasil crescer" quando lhe foi perguntado se ele era o nome ideal para "acalmar o mercado". "Vamos ganhar a eleição, a bolsa vai para mais de 100 mil pontos, vai ter muito investimento. Para ter investimento, tem de ter confiança, e isso que nós vamos trazer de volta. O Brasil tem pressa", declarou a jornalistas. Alckmin disse ainda que o grande tema dessas eleições é a criação de empregos e afirmou que o Rio precisa resolver sua segurança pública para sair da crise, crescer e recuperar postos de trabalho.

No evento no Riocentro, também estiveram presentes para fazer campanha, entre outros políticos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), candidato à reeleição; seu pai, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, candidato do DEM ao Senado; o candidato a vice-governador na chapa com Eduardo Paes (DEM), Comte Bittencourt (PPS) - sem a presença de Paes, que não subirá em palanques de presidenciáveis no Rio.

Em discurso, Rodrigo Maia defendeu que Alckmin é o melhor nome em se tratando de ajudar o Rio a deixar a crise para trás, seja a financeira, seja a da segurança pública, e defendeu a manutenção da intervenção federal nesta área, iniciada em fevereiro. Maia ainda vislumbrou a presença do tucano no segundo turno com o provável candidato do PT. "O único candidato que pode derrotar no segundo turno o candidato do PT, Fernando Haddad, se chama Geraldo Alckmin", afirmou.

A candidata a vice de Alckmin, senadora Ana Amélia (PP), disse que o tucano deverá ter mais mulheres em seu ministério, numa eventual vitória, do que o tem o presidente Temer, e exaltou a gestão dele na segurança em São Paulo. "O Rio vai respirar aliviado, os turistas voltarão (com Alckmin presidente)", garantiu, referindo-se à violência no Estado.

Na saída, Alckmin, perguntado por jornalistas sobre a ausência de Paes, disse que não viu problema na falta, e que Comte o representou.