Ministério Público denuncia 23 pessoas por fraudes em contratos da Saúde no RJ
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 23 pessoas no âmbito da Operação Ressonância, que investiga fraudes em contratos na área da saúde celebrados pelo Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto Nacional de Traumatologia (Into). Entre elas, estão o CEO da General Electric, Daurio Speranzini Junior, o executivo da Philips, Frederik Knudsen, o ex-secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes e o empresário Miguel Iskin.
De acordo com a Procuradoria da República no Rio, a partir das investigações da operação Fatura Exposta, órgãos de controle como o Conselho de Defesa Administrativa (Cade), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) identificaram um cartel de fornecedores que atuou entre os anos de 1996 e 2017 no Into.
A empresa Oscar Iskin, do empresário Miguel Iskin, seria a líder do cartel formado por pelo menos 33 empresas, algumas delas atuando como laranjas das demais, que se organizavam no chamado "clube do pregão internacional".
De acordo com a Procuradoria, Frederik Knudsen era supervisor da Philips à época dos fatos e articulou as vendas de equipamentos para o Poder Público que teriam indícios de fraude a licitação e superfaturamento. Dario Speranzini Junior, que era CEO da Philips, também teria feito parte do esquema.
No dia 4 de julho, a Justiça havia autorizado a prisão preventiva de 13 pessoas e a temporária de nove por suposto envolvimento no esquema. Também foi decretado o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão.