Eleições 2018

Política

PRB se une ao PR e ambos apoiam PSL. Manato é candidato ao governo

Vai ter palanque forte de Bolsonaro no ES. Numa reviravolta, nome de coronel Foresti é tirado de cena, e com Manato na cabeça de chapa as três siglas caminham em bloco na majoritária e nas proporcionais

Alex Pandini

Redação Folha Vitória
O senador Magno Malta (PR), o candidato ao governo Carlos Manato (PSL) e o deputado estadual Amaro Neto (PRB) | Foto: Divulgação/Renato Paolielo Filho

A notícia de maior impacto neste sábado repleto de convenções talvez tenha sido a decisão do PRB de se coligar com o até então isolado PSL, em conjunto com o PR. Isso porque, ainda na semana passada, o PRB tornou público apoio à senadora Rose de Freitas (Podemos). Na última terça (31), o presidente Roberto Carneiro chegou até a assinar uma carta conjunta com presidentes de outros sete partidos chancelando o apoio. Agora, tudo mudou.

Outra surpresa é o nome do candidato a governador do PSL, o deputado federal e presidente da sigla no ES, Carlos Manato, e não mais o coronel Carlos Alberto Foresti, como o partido havia anunciado. A aliança do PSL com PR e PRB reforça o palanque para a campanha à presidência da república de Jair Bolsonaro no Espírito Santo. 

"Eu vou para o sacrifício", disse Manato, referindo-se ao fato de abandonar a disputa à reeleição,  "em nome do projeto de alavancar a candidatura do nosso  candidato a presidente aqui no estado".

Reunião

A aliança foi selada em reunião fechada na manhã deste sábado (4), no escritório do senador Magno Malta (PR), em Vila Velha. Além de Magno, estiveram presentes o presidente do PRB no ES, Roberto Carneiro, o presidente da Assembleia Erick Musso, o ex-prefeito de Vila Velha e ex-secretário de estado Rodney Miranda, o deputado estadual Amaro Neto e o ex-vereador Devanir Ferreira. 

Foresti

O coronel Foresti não participou da reunião. De acordo com Manato, será dada a ele condições de concorrer a deputado estadual, federal, à segunda vaga ao cargo de senador ou a segunda suplência de Magno Malta no Senado. Na ocasião, os três partidos decidiram que também vão caminhar juntos nas coligações proporcionais para a Câmara e para a Assembleia.

Tacada de mestre

Dessa forma, o PSL, antes isolado, viabiliza um nome com mais expressão na política para a disputa ao governo do estado, faz uma coligação que dá suporte real à campanha de Bolsonaro, e de quebra desfalca o palanque de Rose e se aproxima de atores políticos afinados com o governador Paulo Hartung.