Política

Após protestos, prefeito veta projeto de reajuste de 33% do salário dos vereadores em Alegre

Na noite da última terça-feira (27), cerca de 400 pessoas foram às ruas para protestar. O presidente da Câmara convocou uma Sessão Extraordinária nesta quarta (28) para tratar do assunto

Os moradores de Alegre foram às ruas em protesto pelo aumento do salário dos vereadores, prefeito, vice e secretários aprovado na Câmara Foto: ​Reprodução

O prefeito de Alegre, Paulo Lemos Barbosa (PMDB), vetou os projetos de lei 015 e 106/2016 da Câmara, que autorizam o reajuste salarial dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. O projeto retorna ao Legislativo, que terá uma Sessão Extraordinária na noite desta quarta-feira (28) para discutir o assunto, que causou revolta entre os moradores.

O projeto de lei aumentaria o salário dos vereadores de R$ 4,5 mil para R$ 6 mil. Os secretários municipais receberiam o mesmo valor. Já o prefeito passaria de R$ 13 mil para R$ 15 mil. O salário do vice passaria de R$ 6,5 mil para R$ 7,5 mil.

Segundo o secretário municipal de Administração, Maurício Meneguelli Jorge, o projeto retornou para a Câmara. “O prefeito entendeu que era inoportuno nesse momento e assinou o veto total aos dois projetos. Agora o projeto retorna à Câmara, que pode derrubar o veto do prefeito”, explica.

Na tarde da última terça-feira (27), após a revolta dos moradores nas redes sociais, o presidente da Câmara, Alício Lucindo (PTB), por meio de nota, marcou uma Sessão Extraordinária nesta quarta-feira (28), às 18h, para apresentação da proposta de Revogação dos Projetos de Lei, que fixaram os subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores, em face do clamor popular manifestado pessoalmente aos vereadores e nas redes sociais e em atendimento ao requerimento de vários vereadores.

Protesto nas ruas

Ainda na noite da última terça-feira (27), cerca de 400 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, foram às ruas de Alegre protestar pelo aumento do salário dos vereadores, prefeito, vice e secretários municipais. Segundo a PM, a manifestação foi pacifica e durou pouco mais de duas horas. O ato foi convocado pelas redes sociais e a concentração foi na Praça Seis de Janeiro, no centro da cidade.  

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