Política

'Estamos pagando a conta", diz Amoêdo sobre a Venezuela

O postulante ao Palácio do Planalto disse que é favorável ao Brasil receber imigrantes, mas criticou as relações internacionais do governo brasileiro nas gestões petistas

Redação Folha Vitória
Amoêdo, afirmou nesta segunda-feira, 3, que o "Brasil está pagando a conta" pela crise que vive a Venezuela

O candidato do partido Novo à Presidência nas eleições 2018, João Amoêdo, afirmou nesta segunda-feira, 3, que o "Brasil está pagando a conta" pela crise que vive a Venezuela. O postulante ao Palácio do Planalto disse que é favorável ao Brasil receber imigrantes, mas criticou as relações internacionais do governo brasileiro nas gestões petistas.

"Somos totalmente favoráveis a entrada dos venezuelanos, mas a gestão petista ajudou a criar esse problema. O aspecto humanitário fala mais alto", afirmou, em uma sabatina com partidários, promovido pela própria legenda. Amoêdo esteve acompanhado de seu candidato a vice, Christian Lohbauer, o postulante de seu partido ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema, o vice, Paulo Brant, e o candidato ao Senado, Rodrigo Paiva.

Na conversa, os candidatos responderam a questões sobre economia, segurança pública, relações internacionais, educação e alianças políticas. Mesmo dizendo que o Novo não combaterá outros candidatos, o evento teve críticas a outras campanhas, principalmente a da presidente cassada Dilma Rousseff, que disputa uma vaga ao Senado pelo PT.

"Mineiro vota em Mineiro, queremos resgatar o prestígio de Minas. É uma ex-presidente 'impeachada', deveria ficar oito anos de castigo", disse Paiva sobre a adversária. O candidato ao Senado também criticou o postulante ao governo mineiro pelo PSDB, Antonio Anastasia. "Ele não quer salvar Minas, quer salvar o partido dele. Tem quatro anos que é senador e agora fala em fazer reforma tributária?"

Amoêdo também fez críticas a outras candidaturas. "Os eventos do Novo são diferentes porque as pessoas trabalham. Alguns partidos fazem eventos no meio do dia, porque essas pessoas não trabalham", afirmou

O presidenciável, que no evento falou que é o candidato com mais engajamento nas redes sociais - 3,3 milhões de pessoas, enquanto Jair Bolsonaro, do PSL, aparece na segunda colocação com 2,9 milhões de pessoas engajadas -, comentou sobre como converter os "likes" em votos. "Mesmo não tendo ido aos debates, apesar de ter cinco segundos de tempo de televisão, estamos crescendo nas pesquisas." O candidato do Novo apareceu com 1% das intenções de voto na última pesquisa Ibope, divulgada no dia 20 de agosto.

Em umas de suas respostas, Amoêdo, que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir R$ 425 milhões, disse se considerar "pobre" por conta do tamanho do Estado brasileiro. "O Brasil poderia ser um país muito mais rico, se o Estado não fosse tão ineficiente e não interferisse na vida das pessoas cobrando tantos impostos", disse.

Em Belo Horizonte, Amoêdo também recebeu o Prêmio Liberdade, entregue pelo Instituto de Formação de Livres, por "conta do histórico de inovação e pelo esforço em fazer algo para mudar o Brasil", de acordo com a assessoria de imprensa do instituto. Ainda segundo o IFL, a premiação não teve intenção partidária.

Na entrega do prêmio, Amoêdo criticou o PT, que estaria insistindo na candidatura à Presidência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. "O PT quer se aproveitar de uma falta de informação para dar a ideia de que o Lula poderia ser elegível. Acho que é um desserviço para a população o que o partido vem fazendo", afirmou.

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